Kanye West é famoso por se envolver em polêmicas (Kevin Lamarque/Reuters)
As criptomoedas podem ter se tornado uma opção para Kanye West, o rapper norte-americano conhecido por ter sido casado com a socialite Kim Kardashian e por suas polêmicas. Depois de ter sido banido do banco JPMorgan, um dos maiores dos Estados Unidos, “Ye” foi visto utilizando um boné de Satoshi Nakamoto, a personalidade anônima por trás da criação do bitcoin.
Também banido do Instagram, Kanye West recorreu ao Twitter para comentar o recente caso com o banco JPMorgan.
“Coloquei US$140 milhões no JPMorgan e eles me trataram como uma merda. Então, se o JPMorgan está me tratando assim, como eles estão tratando o resto de vocês?”, disse o rapper, que mudou seu nome recentemente para “Ye”.
O JPMorgan havia divulgado na última quarta-feira, 12, uma nota afirmando que encerraria a conta de West, que teria até o dia 21 de novembro para transferir o dinheiro nela contido.
A nota surge em mais um momento de polêmicas para o rapper. Desde 2009, Kanye West é conhecido por seu grande envolvimento em controvérsias no mundo dos famosos. Naquele ano, “Ye” invadiu o palco da premiação de Taylor Swift no VMA e pegou o microfone para dizer que Beyoncé, na verdade, era quem merecia o prêmio.
Ao longo destes 13 anos, o ex-marido de Kim Kardashian não poupou declarações polêmicas e até mesmo consideradas problemáticas, racistas e antissemitas. Depois de perseguir a ex-esposa nas redes sociais, West publicou declarações antissemitas e foi banido do Instagram, uma das redes sociais de Mark Zuckerberg.
“Estou com um pouco de sono esta noite, mas quando eu acordar vou contra o povo judeu. O engraçado é que, na verdade, não posso ser antissemita porque os negros também são judeus. Vocês brincaram comigo e tentaram rejeitar qualquer um que se oponha à sua agenda”, disse West.
Depois do banimento no Instagram e no JPMorgan, “Ye” afirmou que “não infringiu nenhuma lei” e que isso funciona como um “contrato social”. O rapper também anunciou a aquisição da rede social Parler. Segundo a nota, esta seria uma “plataforma de liberdade de expressão não cancelável”.
Nos Estados Unidos, o antissemitismo ainda não é considerado crime, embora exista um projeto de lei que proponha a sua configuração como crime de ódio, ainda em seus estágios iniciais de proposição. No Brasil, o ato constitui crime de racismo e é imprescritível e inafiançável.
Ainda que tenha utilizado um boné de Satoshi Nakamoto, a personalidade anônima por trás da criação do bitcoin em 2008 como uma forma de protesto contra o sistema financeiro tradicional, não está claro se Kanye West irá realmente transformar seu suposto patrimônio de US$ 140 milhões em criptomoedas.
O ato pode não ter passado de uma nova polêmica de West, já que Jamie Dimon, o CEO do JPMorgan, é abertamente contra o bitcoin e as criptomoedas.
O cantor também causou polêmica ao usar uma camiseta com a frase “White Lives Matter” na Semana de Moda de Paris, no início de outubro. A frase “vidas brancas importam” vai contra o movimento negro norte-americano chamado “Black Lives Matter”, ou “vidas negras importam”, criado após a morte de George Floyd por violência policial em 2020.
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