Eletrobras: TCU julga processo de privatização da empresa (Pilar Olivares/Reuters)
A Eletrobras, maior empresa de energia da América Latina, publicou na virada do mês um edital para contratação de uma empresa que crie sua estrutura no blockchain. Em entrevista a EXAME, a empresa afirma que o objetivo principal é reduzir a burocracia no processo de concessão do selo Procel, usado principalmente em eletrodomésticos, para medir sua eficiência energética.
“Atualmente, todo o processo e concessão do selo Procel é feito de forma manual com a análise e inserção de dados de relatórios de forma individualizada. Com o emprego do blockchain, vislumbra-se a possibilidade de diminuir a burocracia de tais processos, restringindo-se a informações de fato necessárias, além de aumentar a segurança, confiabilidade audibilidade e transparência, reduzindo o tempo e o custo intrínseco das transações e reduzindo ainda a necessidade de intermediação”, disse a empresa.
Ainda segundo a Eletrobras, conforme os selos sejam adaptados à plataforma, novas funcionalidades podem ser adicionadas. Um dos exemplos é a utilização de dispositivos ligados a Internet das Coisas (IoT), com a possibilidade de conscientizar o usuário através de uma interface de resposta.
Essa é a primeira iniciativa da estatal com a tecnologia blockchain, que espera que a solução esteja em funcionamento no segundo semestre de 2023. Além disso, outros benefícios são esperados, como uma melhoria na imagem pública, associando o selo à vanguarda tecnológica.
Apesar de neste primeiro momento ser focado no Procel, a expansão no uso da tecnologia é uma possibilidade real: “Há intenção de sua ampliação para outros projetos no setor industrial, em edificações, setor público em geral, que podem ser favorecidos com a tecnologia”, comentou a empresa.
O Brasil caminha a passos largos na adoção dos criptoativos. O projeto de lei recentemente aprovado pelo Senado pode levar o país a ser um polo da indústria, segundo especialistas, como o head de Digital Assets do BTG Pactual, André Portilho. “É fundamental termos um marco regulatório claro, que permita a expansão desse mercado e o posicionamento do Brasil como polo de cripto na América Latina”, disse ele.
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