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El Salvador vai transferir R$ 3,7 bilhões em bitcoin para se proteger de 'ameaça' ao ativo

País afirmou que pretende dividir ativos em múltiplas carteiras digitais como forma de proteção contra possíveis invasões

Bitcoin: El Salvador vai transferir unidades da criptomoeda (NurPhoto/Getty Images)

Bitcoin: El Salvador vai transferir unidades da criptomoeda (NurPhoto/Getty Images)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 8 de setembro de 2025 às 14h45.

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O governo de El Salvador anunciou nesta semana que pretende realizar uma transferência com todas as unidades de bitcoin que o país acumulou nos últimos anos. O motivo seria uma "ameaça" crescente para a criptomoeda devido ao avanço de uma tecnologia emergente: a computação quântica.

Atualmente, El Salvador possui 6.286 unidades da criptomoeda, avaliadas em mais de US$ 686 milhões (R$ 3,7 bilhões, na cotação atual). O ativo também é uma das moedas de curso legal do país e tem sido intensamente defendido pelo presidente da nação, Nayib Bukele.

Até então, todas as unidades estavam sendo armazenadas em uma única carteira digital. A ideia agora é dividir e espalhar esses ativos em múltiplas carteiras. "Essa ação está alinhada às melhores práticas em gestão de bitcoin e prepara o mercado para potenciais desenvolvimentos em computação quântica", afirma o governo.

Segundo El Salvador, "computadores quânticos têm a capacidade teórica de quebrar a criptografia de chave pública-privada" que é a base dos algoritmos que garantem a segurança e inviolabilidade da rede blockchain da criptomoeda. Há um risco, portanto, que a sua quebra facilitasse invasões e roubos de ativos.

"Essa criptografia sustenta não apenas o bitcoin, mas também muitos sistemas cotidianos, como bancos, e-mails e comunicações", ressaltou o país. Como forma de dificultar o roubo desses ativos, o governo vai distribuir 500 unidades por carteira, movimento que reduziria a "exposição a ameaças quânticas".

"Ao dividir os fundos em quantias menores, o impacto de um potencial ataque quântico é minimizado. Anteriormente, um único endereço era reutilizado para fins de transparência, expondo chaves públicas continuamente e, teoricamente, dando a um invasor quântico tempo ilimitado para descobrir chaves privadas", explicou o país.

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O governo afirma que "essa abordagem combina uma mitigação robusta de risco quântico por meio da diversificação de endereços e exposição limitada por endereço com um compromisso com a transparência".

Apesar dos temores de El Salvador, especialistas ressaltam que a computação quântica está longe de chegar a um nível que permitiria a quebra dos algoritmos de blockchains e roubo de criptomoedas. Até lá, a expectativa é que o próprio mercado crie algoritmos resistentes, evitando essas invasões.

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