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El Salvador quer abrir 'embaixada do bitcoin' nos EUA para incentivar adoção

País foi o primeiro do mundo a adotar a criptomoeda como moeda legal e lançou iniciativa diplomática na Suíça em 2022

El Salvador aprovou lei em 2023 envolvendo projetos com bitcoin e outros criptoativos (Getty/Getty Images)

El Salvador aprovou lei em 2023 envolvendo projetos com bitcoin e outros criptoativos (Getty/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 15 de fevereiro de 2023 às 11h20.

O governo de El Salvador anunciou na terça-feira, 14, que pretende abrir uma "embaixada do bitcoin" no Texas, Estados Unidos. O local seria o segundo do tipo aberto pelo país, após o lançamento da iniciativa na cidade de Lugano, na Suíça, uma referência mundial na adoção de criptomoedas.

O anúncio foi feito pela embaixadora de El Salvador nos Estados Unidos, Milena Mayorga. Ela se referiu ai estado do Texas como o "nosso novo aliado" e destacou que a instalação buscará "ampliar os projetos de intercâmbios comerciais e econômicos" entre o país e o estado.

No caso da "embaixada do bitcoin" na Suíça, o governo salvadorenho afirmou à época do lançamento que o projeto buscava aumentar a adoção ao bitcoin na Europa por meio de mais projetos educativos sobre o mundo das criptomoedas. A instalação conta com um cônsul-honorário com atuação em todo o continente.

El Salvador foi o primeiro país do mundo a adotar o bitcoin como uma moeda legal, o que permite que ele seja usado no dia a dia para transações e pagamento de impostos. Desde então, o governo do presidente do país, Nayib Bukele, tem realizado iniciativas para aumentar a adoção à criptomoeda.

Em janeiro de 2023, o país aprovou uma lei de "emissão de ativos digitais" que busca criar uma estrutura regulatória para possibilitar uma série de projetos do governo ligados a criptomoedas, incluindo a emissão do que chamou de "tokens vulcânicos" para captação de investimentos.

O projeto criou uma Agência de Gestão de Fundos de Bitcoin, que pretende fornecer supervisão e administração para ofertas públicas de ativos digitais emitidos por El Salvador e suas instituições. Além disso, criou um marco regulatório para o segmento, indo além da criptomoeda.

Entre os planos de El Salvador, está o lançamento de uma "cidade bitcoin", que serviria como um centro de desenvolvimento de iniciativas envolvendo o mundo cripto. A ideia é aproveitar um vulcão localizado próximo a onde a cidade será construída para gerar energia geotérmica para mineração de bitcoin.

O financiamento do projeto ocorrerá a partir da emissão de um "token vulcânico". O criptoativo buscará aumentar a arrecadação de El Salvador para pagar sua dívida soberana e também para custear a infraestrutura necessária para a criação da cidade. A meta é arrecadar US$ 1 bilhão com a iniciativa.

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