Jogos podem aproveitar NFTs para dar benefícios aos usuários (Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 28 de fevereiro de 2023 às 12h22.
Ainda que os jogos em blockchain não tenham sido amplamente adotados pela comunidade gamer, a adoção seria apenas “uma questão de tempo”, segundo um executivo experiente no setor.
Ryan Watt, ex-head do YouTube Gaming e atual presidente da Polygon Labs, acredita que os benefícios propostos pelo blockchain podem impactar positivamente o universo dos jogos, de forma que os usuários possam “nem perceber” que estão lidando com esta tecnologia.
“É uma questão de tempo. Quando virmos a adoção em massa de jogos Web3, realmente, em alguns anos, o atrito que você vê hoje, acho que terá desaparecido em grande parte. Não totalmente, mas os jogadores são o grupo de tecnologia mais experiente - então eles serão os primeiros a adotar”, disse Wyatt, no podcast do Decrypt.
Propriedade de itens na forma de tokens não fungíveis (NFTs), interoperabilidade e o potencial lucro com a valorização de tokens foram citados por Wyatt como alguns dos benefícios da integração do blockchain aos jogos.
No entanto, a sigla “NFT” se tornou motivo de controvérsia e discussão nos últimos anos. Enquanto alguns a enxergam como uma das tecnologias do futuro, outros a vêem como algo sem valor ou propósito. Iniciativas envolvendo jogos em blockchain e NFTs de grandes empresas como Ubisoft, por exemplo, falharam em conseguir impulsionar a adoção em massa até o momento.
Segundo Wyatt, o desenvolvimento de jogos em blockchain precisa evoluir para que os benefícios da tecnologia sejam entregues de forma palpável aos usuários, que em breve podem nem saber que estão utilizando blockchain ao jogar seus jogos favoritos.
“Você só precisa dar a eles um motivo para ir jogar”, disse ele, que admitiu achar que isso “não está lá agora”.
“Vamos aprender muito nos próximos um ou dois anos sobre como você começa a fazer jogos baseados em blockchain realmente interessantes”, acrescentou.
Para Wyatt, no futuro sucessos como Call of Duty poderão implementar armas em NFT e novas funcionalidades que ofereçam experiências concretas ao usuário através do blockchain. Artistas digitais, por exemplo, também podem monetizar seu trabalho ao criar NFTs compatíveis com os jogos, que também poderiam incluir criptomoedas que funcionariam como a moeda de troca nativa.
O modelo seria semelhante ao que já acontece nos jogos atualmente, mas com a liberdade e segurança da tecnologia blockchain. Um exemplo dado pelo executivo foi que se o Fortnite fechar agora, todas as “skins” compradas pelos jogadores podem ser perdidas, o contrário do que ocorreria se elas fossem NFTs.
A mudança sutil pode fazer com que a tecnologia blockchain, NFTs e criptomoedas sejam adotados em massa de forma mais rápida, já que o público gamer é o um dos maiores do mundo e já é habituado com novas tecnologias. No entanto, isso pode ser feito de forma com que a maioria não perceba a mudança.
Wyatt citou os NFTs de avatares do Reddit como exemplo. A plataforma não utilizou a nomenclatura “NFT” em nenhum momento, resultando em um sucesso de adoção.
“Quando você vai jogar Call of Duty, por exemplo, você não fica tipo, ‘Ei, Call of Duty: Warzone está no Google Cloud ou AWS? Porque se for no Google Cloud, não vou jogar Warzone.' Sabe? Tipo, isso não vai acontecer”, concluiu o executivo.
“Nós meio que sempre brincamos sobre isso, mas realmente queremos dizer isso: o sucesso na Polygon é [que] ninguém fala sobre a Polygon”, disse Wyatt. A Polygon é uma rede de segunda camada da Ethereum que ganhou destaque nos últimos tempos por conta de suas taxas mais baixas, velocidade e escalabilidade.
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