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Especialista em criptoativos
Publicado em 10 de dezembro de 2023 às 11h00.
O ecossistema cripto é imparável e, certamente, seremos surpreendidos no caminho por disrupções muito além da nossa imaginação. Essas inovações estão alterando a forma como enxergamos, utilizamos e armazenamos o nosso dinheiro, através de uma arquitetura de descentralização sem precedentes na história e da eliminação da barreira “tempo” no mercado.
Nessa esfera transformadora, as criptomoedas nos oferecem um universo pleno de oportunidades, com um leque de utilidades e funções que nos permitem chegar aonde o sistema financeiro tradicional não conseguiu nos levar.
Para aproveitar da melhor forma todas essas possibilidades, só dinheiro não é suficiente, é necessário investir tempo em se aprofundar no modus operandi do mercado.
Eu acredito que uma pessoa bem preparada consegue, no próximo ciclo de alta, multiplicar em 10 vezes o valor de seu portfólio cripto. Parece um desafio muito grande, eu sei, mas com os movimentos certos é possível atingir o objetivo.
Esses movimentos começam no entendimento de 4 abordagens fundamentalistas essenciais, que vão ajudar o investidor a selecionar projetos com potencial de crescimento e quem sabe até de crescimento explosivo.
São elas:
Você investiria em ações de uma empresa liderada por gente sem histórico de experiência e credibilidade em seu setor de atuação? Acho que não.
Na criptoesfera, o investidor precisa ter o mesmo cuidado. Busque respostas para as seguintes perguntas:
Eu não sou um especialista em analisar currículos, pode ser que você também não seja. Mas não precisamos ser experts. Podemos seguir alguns passos essenciais e obter as informações de que precisamos para seguir em frente na avaliação de um projeto.
Pesquisando online conseguimos encontrar o histórico da pessoa - se ela não existir na internet, desconfie! Por exemplo: veja se a pessoa tem uma experiência sólida no mercado financeiro, se trabalhou em bancos e afins ou na área de tecnologia. Talvez até à frente de uma companhia que oferecia algo semelhante ao que ela desenvolve atualmente em cripto.
Você não vai escolher o projeto de um time com histórico duvidoso e cheio de furos para colocar boa parte do seu dinheiro, certo?
Sempre avalie a inovação que o projeto traz ou pretende trazer para o mercado. Normalmente, projetos que se valorizam muito tendem a solucionar problemas e melhorar um ecossistema com o uso da tecnologia que desenvolve.
A Polygon (MATIC) é um dos exemplos mais interessantes da criptoesfera. É uma segunda camada que complementa muito bem a Ethereum, ajudando a corrigir muitas das deficiências da rede. Pavimenta o caminho para aumentar a adoção ao facilitar o uso de aplicativos, dar agilidade às movimentações e, ao mesmo tempo, manter a segurança do investidor.
Por outro lado, temos projetos também como a Cardano, que até agora mostrou menos do que prometeu.
Dois exemplos que ilustram um pouco a dinâmica de um mercado de tecnologias disruptivas. Talvez em algum momento você precise acreditar em algumas promessas porque está investindo bem antes da maioria. Existem muitos benefícios em ser early-adopter, mas também requer muita cautela, sendo importante avaliar o timing do mercado.
Tudo no mundo cripto está relacionado à comunidade. Então, um dos pontos cruciais na hora de entender se um projeto é sólido ou promissor é avaliar se existe uma comunidade realmente ativa por trás.
Vejam só como a comunidade faz toda a diferença. Vou puxar novamente a Cardano (ADA) aqui. Ela foi fundada por Charles Hoskinson, um dos cofundadores da Ethereum. O projeto sempre pôde contar com uma comunidade muito coesa mesmo quando tudo ainda era apenas promessa, sem ter as tecnologias funcionando de fato.
A comunidade e a adoção acabaram por chancelar o projeto, as pessoas realmente acreditavam que ele poderia solucionar problemas.
A Cardano era citada inclusive como uma das redes blockchain que poderia "matar a Ethereum". Eu, particularmente, não acredito que Cardano seja só hype, mas no final do dia ela acabou não entregando tudo o que prometeu.
Eu já dediquei uma coluna inteira ao tema, na qual ensino a desvendar a estrutura econômica dos projetos. A ideia desta vez não é mergulhar no conceito, mas falar sobre a importância de o investidor estudar o tokenomics para conseguir multiplicar o capital investido em cripto. Devemos entender a economia do ativo para saber como ele será usado no contexto do projeto.
Isso inclui apurar, por exemplo, a porcentagem de tokens que será distribuída para os fundadores, time, para investidores privados, launchpads, etc. O tokenomics pode revelar que talvez o fundador esteja sendo mais beneficiado pelo projeto do que a comunidade, só que é vital que a comunidade seja incentivada para a iniciativa ter sucesso. Isso em si já é um desequilíbrio, é preciso ficar atento.
Na hora de escolher uma criptomoeda, busque padrões saudáveis de tokenomics.
A questão é que pouco vai adiantar saber avaliar projetos se você não fizer uma diversificação inteligente do seu portfólio. Isso significa pegar o capital e distribuir em diferentes projetos e segmentos cripto para mitigar os riscos de investir em uma só criptomoeda e/ou em um só ecossistema ou tecnologia.
Suponhamos que você tenha 100% do seu capital alocado em projetos ligados a NFTs. Se em algum momento os NFTs não derem certo, seu dinheiro será todo perdido. Agora, se você aloca um pouco em NFT, um pouco em DApps, DeFi, bitcoin e por aí vai, está protegendo o seu patrimônio. Caso você perca em alguma ponta, não vai impactar o seu portfólio como um todo.
Existem algumas segmentações que eu gosto de usar:
Blue chips: são projetos estabelecidos, reconhecidos e mais sólidos como bitcoin e ethereum. São aqueles que ouvimos falar que não verão valorização explosiva, mas apresentam um crescimento projetado, mais perene.
Large caps: são projetos também consolidados no mercado, mas não tão grandes como bitcoin e ethereum, ainda que bem estabelecidos em suas áreas. Eles tendem a trazer uma rentabilidade importante para a carteira. Polygon (MATIC) e Lido (LDO) são exemplos.
Altcoins promissoras: são aquelas com grande potência, mas que estão subvalorizadas, como acontece com MATIC na minha visão. Ela é, ao mesmo tempo, uma large cap e uma altcoin promissora, porque tende a resolver muitos problemas do mercado e, assim, entregar muito valor nos próximos anos para os holders. É um projeto em que acredito muito.
Para complementar, posso citar tokens de DeFi e também setores emergentes, como NFT, metaverso e GameFi.
Agora, um recado. Para quem está começando a investir neste momento e tem dúvidas sobre como segmentar, minha sugestão é que mantenha 60% ou 70% do portfólio cripto em bitcoin e de 5% a 10% em ether. Adicionalmente, você pode selecionar boas altcoins e diversificar, comprar de 10 a 15 projetos diferentes no máximo. Mas não exagere.
Se você absorveu direitinho tudo o que falamos aqui e pretende colocar em ação, é um candidato a buscar sua “carteira 10X”, ou seja, multiplicar por 10 o valor do seu portfólio no próximo ciclo de alta.
Nesse processo, não se esqueça de fazer o DCA (Dollar Cost Average) com aportes regulares. E também, claro, o balanceamento de carteira conforme o mercado for subindo. Você pode vender uma altcoin quando ela estiver bem valorizada e usar o dinheiro para fazer aporte no bitcoin, por exemplo, ou até colocar o dinheiro guardado para quando a baixa vier. Porque em algum momento ela vai chegar.
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