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Abstract blockchain technology concept. Internet security. Isometric digital cube connection background. (Getty Images/Reprodução)
Editora do Future of Money
Publicado em 5 de novembro de 2025 às 11h38.
Na última terça-feira, 3, o Banco Central anunciou o desligamento da plataforma do Drex, que era desenvolvido há quatro anos para ser a infraestrutura das finanças digitais do Brasil com uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês).
O projeto-piloto do Drex envolvia uma série de empresas de tecnologia, instituições financeiras e bancos para realizar os testes da infraestrutura que, inicialmente, envolvia o uso da tecnologia blockchain.
Em agosto deste ano, o Banco Central já havia divulgado que iria reduzir o uso da tecnologia para um primeiro lançamento projetado para 2026, mas agora pretende começar o projeto do zero e não garante se irá usar blockchain ou não. Para a autarquia, o foco será em casos de uso, para depois definir-se a tecnologia utilizada.
"A fase 2 do piloto Drex cumpriu seu papel, como esperado pelo BC. As tecnologias foram avaliadas pela perspectiva do regulador e, segundos seus critérios, dentro de um escopo bastante amplo e ambicioso, demostraram necessidades de evoluções para atendimento completo. Novos modelos de negócios com escopo mais direcionado pelo mercado, podem ter requisitos atendidos sem as eventuais restrições regulatórias do piloto Drex, liberando o potencial das tecnologias DLT/Blockchain, cabendo ao mercado um maior papel nesta evolução", disse André Carneiro, CEO da BBChain, empresa envolvida no projeto piloto do Drex.
“A ABBC esteve na vanguarda da agenda de inovação durante os dois anos de testes do Drex, com a criação de um consórcio de bancos que atuou de forma coordenada no desenvolvimento de um caso de uso pragmático – a CCB tokenizada”, disse a Associação Brasileira de Bancos em nota.
“Mesmo com a decisão de desligar o atual ambiente do Drex, que por sua vez estava conectado ao ambiente da CCB tokenizada da ABBC, os bancos associados possuem tecnologia para conectar o caso de uso desenvolvido pela ABBC a outras redes”, acrescentou.
“O mais relevante dessa iniciativa da ABBC foi a conquista do conhecimento necessário para a tokenização de ativos, independentemente do ambiente em que seja aplicada”, concluiu.
Procuradas pela EXAME, as assessorias da Foxbit e Mercado Bitcoin não responderam à solicitação por comentários. Já o Bradesco afirmou que não iria se pronunciar.
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