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Drex, regulamentação e Web3 devem impulsionar criptomoedas no Brasil em 2024, avaliam especialistas

Executivos de empresas consideram possíveis cenários paras as criptomoedas a partir dos avanços tecnológicos e regulatórios, além de questões macroeconômicas

 (Reprodução/Reprodução)

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Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 3 de janeiro de 2024 às 10h00.

A gestora de Venture Capital (VC), capital de risco, Fuse Capital e a fintech de soluções em blockchain Parfin estão otimistas em relação ao mercado de criptomoedas em 2024, segundo análise de representantes das empresas compartilhadas esta semana.

Na avaliação do sócio e fundador da Fuse Capital, Dan Yamamura, e do CEO da Parfin, Marcos Viriato, fatores como o desenvolvimento do Drex, a versão brasileira de moeda digital emitida por banco central (CBDC, na sigla em inglês), a tokenização da economia associada aos avanços da regulamentação no país e um possível fim do aperto macroeconômico nas taxas de juros dos bancos centrais podem servir como catalisadores para o mercado de criptomoedas nacional no próximo ano.

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Sobre o Drex, Yamamura considerou que o momento é propício devido à maior confiança e maturidade em relação às infraestruturas em blockchain, cada vez mais confiáveis e operacionais no sentido de ser uma infraestrutura para o mercado financeiro. Segundo ele, 2024 vai ser um período que vai se aproveitar mais dessas evoluções que já estão ocorrendo.

“Hoje, já se vê diversos produtos e serviços financeiros que já estão migrando para essa infraestrutura em blockchain como, por exemplo, a Credix e o Kona, e isso mostra a evolução desse mercado”, avaliou.

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Em relação ao apetite dos investidores para o mercado da Web3 em meio aos possíveis desdobramentos da macroeconomia, o representante da Fuse Capital acrescentou que “estamos próximo do fim de apertos monetários em todo o mundo com muitos movimentos voltados à redução de juros” e que “isso melhora o ambiente para qualquer ativo de risco, o que inclui as oportunidades em Web3.”

“É difícil dar uma visão se os investidores em web3 vão preferir outros ativos de risco. Mas o cenário macro é bom para essa classe de ativos, isso sem dúvida. No mínimo melhor do que no ano passado”, ponderou.

Ele ainda observou que o Brasil possui um leque amplo de produtos e serviços com potencial para serem abarcados por infraestrutura em blockchain, que não infringem as normas atuais da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e elogiou o legado que será deixado pelo atual presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, cuja gestão está prevista para se encerrar em 2024.

Viriato citou como possíveis catalisadores do mercado cripto em 2024 o halving do bitcoin e a aprovação de fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) baseados em negociação spot (à vista) da criptomoeda. Ele frisou a expectativa do mercado brasileiro com “a clareza regulatória que virá com a implementação da CVM 175 e a regulação da lei de virtual assets providers pelo Banco Central” e disse que “a finalização do piloto do Drex é um marco importante.”

“Esperamos que isso traga inovações significativas e eficiências para o ecossistema de ativos digitais, contribuindo para o crescimento sustentável do mercado”, declarou.

O representante da Pafin salientou que o possível fim das políticas de arrocho monetário dos bancos centrais deverão se reverter em crescimento de apetite dos investidores de VC, cenário positivo aos projetos na Web3.

“No entanto, a preferência dos investidores ainda é incerta. A dinâmica do mercado pode influenciar as decisões dos investidores, e estamos atentos a essas mudanças”, explicou.

Ele qualificou como desafiador o mercado de criptomoedas em 2023, mas destacou o aumento de adoção no Brasil e na América Latina, incluindo o crescimento do ecossistema de tokenização, que inclui as CDBCs.

“A virada para a economia tokenizada foi uma marca importante em 2023. Grandes bancos passaram a adotar a tecnologia, com muitos deles dedicando áreas específicas e talentos para explorar o potencial do blockchain. Atualmente, praticamente nenhum grande banco no mundo está ignorando essa tendência, com notícias diárias destacando desenvolvimentos significativos nesse cenário dinâmico”, justificou.

Ele finalizou dizendo que “o Drex representa uma mudança significativa no mercado financeiro, apesar de ainda enfrentar desafios importantes s, especialmente em relação à privacidade.”

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