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Drex deverá impactar empregos e criar oportunidades de trabalho; veja como se preparar

Em entrevista exclusiva à EXAME, executivo do Inter explica como versão digital do real poderá impactar carreiras de brasileiros

Drex tem previsão de lançamento para o público até o início de 2025 (Reprodução/Reprodução)

Drex tem previsão de lançamento para o público até o início de 2025 (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 6 de novembro de 2023 às 09h10.

As mudanças que o Drex deverá trazer para a economia brasileira terão diversos impactos diferentes para a população, e o mundo do trabalho não deve ficar de fora desse processo. O projeto do Banco Central envolve, na prática, a criação de uma nova infraestrutura para o sistema financeiro do Brasil, resultando em oportunidades e novas exigências para os trabalhadores.

Essa é a avaliação de Bruno Grossi, gerente de tecnologia do Inter, em entrevista exclusiva à EXAME como parte do Especial: Real Digital. Segundo o executivo, o lançamento da moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) do Brasil deve abrir "novas oportunidades, uma vez que se insere em um novo contexto de tecnologia no mercado financeiro, baseado na Economia Tokenizada".

"O Drex garante um horizonte de descobertas que permite a criação de novos produtos e desafios. Isso pode fomentar novas oportunidades de emprego e exige profissionais mais qualificados, principalmente, que tenham conhecimento interligado entre áreas importantes nesse contexto, como tecnologia, finanças e direito", projeta Grossi.

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Drex e trabalho

Na visão do gerente de tecnologia, algumas áreas das instituições financeiras deverão ser mais impactadas do que outras: "A principal é a tesouraria. Com o Drex há a expectativa da unificação do sistema de comunicação dos bancos, o que tornaria a operação mais ágil e reduziria custos".

"Outras áreas, como investimentos, seguros e empréstimo, serão impactadas com as possibilidades de novos produtos e novas formas de se relacionar com os ativos, o que vai exigir criatividade para alcançar novos modelos de negócios. As áreas jurídica e de segurança também serão impactadas e terão que se adaptar a novos paradigmais e a uma nova forma de se relacionar com o dinheiro", afirma.

Se, por um lado, o Drex deverá gerar mudanças na forma como algumas atividades são feitas, essas alterações também resultarão em novas exigências e conhecimentos que os profissionais desses setores precisarão atender. Na visão de Grossi, existem dois "caminhos do conhecimento" essenciais para quem quer se destacar.

"O primeiro é teórico. O profissional precisa conhecer os conceitos da Web3 e o que isso implica no relacionamento das pessoas com a internet e com a tecnologia. Hoje, o usuário passa a ser dono de ativos digitais. É com esse conceito que se estrutura a economia descentralizada, impactando o comportamento das pessoas e implicando diretamente no desenvolvimento de novos produtos", explica.

Já o segundo conhecimento "é prático. O profissional precisa ter habilidade e conhecimento em criptografia, blockchain e smart contracts [contratos inteligentes]. Esses três elementos são a base de desenvolvimento do Drex e dessa nova realidade tecnológica que nos inserimos".

Este conteúdo é parte do "Especial: Real Digital", que tem apoio da Mynt e patrocínio de Aarin Tech-Fin e Febraban. Para saber mais e acompanhar todos os conteúdos exclusivos com quem mais entender de Drex no Brasil, acesse a página do evento na EXAME clicando aqui

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