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Harvard, Yale e outras universidades compram bitcoin há pelo menos um ano, diz site

Renomadas instituições de ensino dos EUA estão comprando bitcoin há pelo menos um ano através de seus fundos patrimoniais, com foco nos rendimentos a longo prazo

Universidade de Harvard 
 (Brian Snyder/Reuters)

Universidade de Harvard (Brian Snyder/Reuters)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 26 de janeiro de 2021 às 10h00.

Última atualização em 26 de janeiro de 2021 às 22h52.

Há pelo menos um ano, universidades de renome dos Estados Unidos como Harvard, Yale, Brown e Michigan estão comprando bitcoin diretamente em exchanges de criptoativos. Através de seus endowments, que somam quase 90 bilhões de dólares em investimentos, essas instituições têm comprado o ativo digital com vistas no longo prazo.

Segundo informações divulgadas pelo site CoinDesk, até algum tempo atrás, a ligação dessas instituições com os criptoativos se dava pelo suporte a venture capitals focados neste mercado. No entanto, desde meados de 2019 elas passaram a investir diretamente nos ativos, e o fazem diretamente nas corretoras, especialmente a Coinbase. "Vários endowments estão alocando um pouco de cripto no momento", disse uma fonte próxima aos gestores desse tipo de investimento que pediu para não ser identificada.

"Isso pode ter começado em meados de 2019", disse, em relação à mudança dos fundos para a negociação diretamente nas exchanges. "A maioria começou há pelo menos um ano. Acredito que falarão publicamente sobre isso ainda nesse ano. Suspeito que eles já estão diante de um belo retorno."

Endowments são fundos patrimoniais de longo prazo que tem como objetivo destinar os seus rendimentos à manutenção, divulgação e expansão de uma atividade específica. No caso das universidades, são, em geral, criados a partir de doações e seu lucro é utilizado para financiar estudos e pesquisas.

A Universidade de Harvard, por exemplo, tem um endowment com mais de 40 bilhões de dólares em ativos. O fundo da Universidade de Yale, outros 30 bilhões. Michigan e Brown, somadas, administram outros 17 bilhões de dólares. A quantidade de criptoativos em cada um desses fundos ainda é desconhecida.

O interesse das maiores universidades dos EUA pelo bitcoin extrapola os campos de pesquisa já há alguns anos. Em 2018, instituições como Yale, Harvard, Stanford e MIT, entre outras, começaram a apoiar iniciativas ligadas à criptoativos e blockchain através de venture capitals.

“Muitas instituições agora se sentem confortáveis com o bitcoin. Eles entendem do que se trata e podem simplesmente comprá-lo diretamente, desde que seja em uma entidade regulamentada como a Coinbase, a Fidelity ou a Anchorage”, comentou Ari Paul, fundador da BlockTower Capital e ex-gestor de investimentos da Universidade de Chicago.

No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da Exame, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. O especialista usa como exemplo o jogo Monopoly para mostrar quem são as empresas que estão atentas a essa tecnologia, além de ensinar como comprar criptoativos. Confira.

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