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Empresa de cannabis faz hedge com bitcoin para se proteger de 'colapso do euro'

Alemã SynBiotic SE cita "preocupação legítima" com uma possível "desvalorização maciça do dinheiro fiduciário" e investe parte do patrimônio em bitcoin

 (Bloomberg Creative/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 17 de fevereiro de 2021 às 14h38.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2021 às 14h47.

A SynBiotic SE, uma empresa alemã do setor de cannabis, anunciou que está seguindo o exemplo de empresas como a MicroStrategy e a Tesla ao investir parte de seus fundos líquidos em bitcoin. O valor total investido não foi divulgado.

O anúncio foi feito em uma publicação de 16 de fevereiro no site oficial da empresa, onde afirma que o movimento foi estimulado por "preocupação legítima sobre uma desvalorização maciça da moeda fiduciária", devido a um "aumento excessivo" na oferta des moeda como euro e dólar.

O CEO da companhia, Lars Müller, foi ainda mais longe, salientando que a decisão não foi motivada pela recente valorização dos preços dos criptoativos, mas que, “tem mais confiança à longo prazo no bitcoin do que no euro ou no dólar, onde uma instituição central, influenciada por políticos, pode expandir o fornecimento de dinheiro de forma interminável”.

Ele prosseguiu dizendo que a indústria da cannabis, em particular, teve “experiências muito positivas com o bitcoin como um meio de pagamento simples e digital” e que várias subsidiárias da SynBiotic já aceitam a criptomoeda como meio de pagamento.

A Synbiotic SE, que tem valor de mercado de cerca de 73 milhões de dólares, está construindo um grupo diversificado de empresas no setor da cannabis, com foco na produção sintética de canabinóides e produtos de bem-estar. A empresa afirma ser a primeira companhia de capital aberto na Alemanha a investir em bitcoin como uma proteção contra a desvalorização de moedas fiduciárias.

A entrada de empresas no mercado de criptoativos é uma tendência que tem ganhado força desde meados de 2020, quando companhias como a MicroStrategy, o Paypal e a Square anunciaram movimentos nesse sentido. Mais recentemente, o acontecimento de maior impacto foi a compra de 1,5 bilhão de dólares em bitcoin pela Tesla.

Os investidores institucionais são apontados como a principal razão pela alta do bitcoin desde outubro de 2020, quando estava cotado a 10 mil dólares — nesta quarta-feira, 17, a criptomoeda atingiu um novo recorde de preço, pouco acima de 51.500 dólares.

por Cointelegraph Brasil

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