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Após aporte da Tesla, JPMorgan, Goldman Sachs e BlackRock se expõem ao bitcoin

Empresas com participação significativa na companhia dos carros elétricos, que comprou US$ 1,5 bilhão em bitcoin, agora estão expostas ao mercado de criptoativos

 (Jirapong Manustrong/Getty Images)

(Jirapong Manustrong/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 9 de fevereiro de 2021 às 14h56.

O anúncio da compra de 1,5 bilhão de dólares em bitcoin pela Tesla, além de movimentar o mercado de criptoativos, também colocou gigantes do mercado financeiro expostas, mesmo que indiretamente, à principal criptomoeda do mundo. A lista inclui empresas como os bancos JPMorgan e Goldman Sachs e a maior gestora de investimentos do mundo, a BlackRock.

Segundo dados da Nasdaq, o banco Goldman Sachs tem 10,8 milhões de ações da Tesla, o que equivale a 1,14% de participação na empresa. Já o JPMorgan possui 8,68 milhões de ações, ou 0,92% de participação. Os dois bancos já foram bastante críticos ao mercado de criptoativos, apesar de terem mudado um pouco o tom recentemente, especialmente após a alta de 2020.

No caso do Goldman Sachs, o banco de investimentos promoveu uma reunião com investidores, em maio do ano passado, com uma apresentação em que dizia que o bitcoin "não é uma classe de ativos", entre uma série de outras críticas. No início de 2021, entretanto, analista do banco emitiu relatório afirmando que o mercado de criptoativos "está amadurecendo".

Já o JPMorgan, cujo CEO chegou a dizer que o bitcoin era "uma fraude", tem participado mais ativamente do mercado cripto, com previsões otimistas sobre o seu desenvolvimento e até o lançamento de uma criptomoeda própria e de uma infraestrtura para realizar transações em blockchain.

A BlockRock, gestora com mais de 8 trilhões de dólares em ativos, tem 3,5% de participação na Tesla, com cerca de 33,2 milhões de ações. A empresa, entretanto, já havia sinalizado aos reguladores dos EUA que pretende, futuramente, investir em contratos futuros de bitcoin.

Outras grandes empresas que são acionistas da Tesla e, portanto, agora também têm exposição ao bitcoin são a Capital Research & Management, gestora com 2 trilhões de dólares e ativos, incluindo 52,2 milhões de ações da Tesla (ou 5,5% da companhia); The Vanguard Group, que tem 4,4% da Tesla entre os seus quase 7 trilhões de dólares em ativos; e a Fidelity, que já tinha um fundo de bitcoin próprio, e que possui 1,% de participação na Tesla.

No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da Exame, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. O especialista usa como exemplo o jogo Monopoly para mostrar quem são as empresas que estão atentas a essa tecnologia, além de ensinar como comprar criptoativos. Confira.

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