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'Descrença', diz Mercedes sobre quebra da FTX, sua patrocinadora na Fórmula 1

Equipe suspendeu parceria com a exchange após falência, e diretor-executivo defendeu que setor de criptoativos tenha regulação

Mercedes e FTX firmaram patrocínio na Fórmula 1 em 2021, pouco mais de um ano antes da falência da exchange (Reprodução/Reprodução)

Mercedes e FTX firmaram patrocínio na Fórmula 1 em 2021, pouco mais de um ano antes da falência da exchange (Reprodução/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2022 às 17h44.

O diretor-executivo da equipe de Fórmula 1 da Mercedes, Toto Wolff, disse que a quebra de uma de suas patrocinadoras, a corretora de criptoativos FTX, há poucos dias foi recebida pela empresa com "total descrença".

Wolff falou sobre o assunto em uma entrevista logo após o Grande Prêmio de São Paulo, uma das etapas da competição automobilística e a única que ocorre no Brasil. A crise da FTX estourou alguns dias antes do evento, e a Mercedes suspendeu a parceria antes da corrida, retirando os símbolos da companhia de seus carros e dos uniformes dos pilotos.

(Mynt/Divulgação)

"Essa situação é muito infeliz. Nós consideramos a FTX [como patrocinadora] porque eles eram um dos parceiros mais sólidos, com mais credibilidade e com boa situação financeira que existia por aí", disse o diretor.

Ele destacou ainda que "do nada nós vimos que uma empresa de criptoativos pode basicamente ficar de joelhos e desaparecer em uma semana. Isso mostra o quão vulnerável o setor ainda é".

"O setor não é regulado, e eu acredito que ele precisa achar uma forma de ter essa regulação, porque existem muitos clientes, investidores e parceiros como nós que ficaram em total descrença com o que ocorreu", observou Wolff.

A parceria da Mercedes, uma das principais equipes de Fórmula 1, com a FTX foi anunciada em setembro de 2021. Pelo acordo, o patrocínio da corretora de criptoativos envolveu a exibição do logo da empresa nos carros e uniformes dos dois pilotos da equipe, George Russell e o heptacampeão Lewis Hamilton.

O acordo fez parte de um esforço da FTX de divulgar a marca por meio de patrocínios em equipes esportivas. A exchange comprou os direitos de nome do estádio do time de basquete Miami Heat, que passou a ser chamado Miami Arena, e firmou uma parceria com a Liga de Baseball dos EUA. Todos os acordos foram suspensos com a falência.

Além disso, a corretora de criptoativos não foi a única do setor que entrou na maior competição de automobilismo do mundo como patrocinadora. A Crypto.com atualmente patrocina a equipe da Aston Martin e é uma das "parcerias globais" da Fórmula 1, tendo ajudo a custear o Grande Prêmio de Miami neste ano, na sua primeira edição.

Já a Binance, a maior exchange do mundo, patrocina a equipe da Alpine, ligado à montadora de carros Renault. A OKX e a empresa de tecnologia blockchain Tezos são parceiras da McLaren, enquanto a Bybit é patrocinadora da Red Bull Racing.

Além das exchanges, a Floki, empresa que criou uma criptomoeda de mesmo nome, é patrocinadora da Alfa Romeo, e a empresa de tecnologia blockchain Fantom, da AlphaTauri. A Velas, que também atua na área de blockchain, patrocina a Ferrari.

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