Future of Money

Decentraland: o metaverso que empodera os usuários para a nova fase da web

De forma descentralizada e completamente sem hierarquias, entenda como funciona a Decentraland, um dos principais metaversos da atualidade

O Australian Open chegou a realizar eventos na plataforma (Australian Open/Divulgação)

O Australian Open chegou a realizar eventos na plataforma (Australian Open/Divulgação)

A partir das criptomoedas e NFTs, a possibilidade de um universo virtual e imersivo dentro da tecnologia blockchain ficou cada vez mais possível, chamando a atenção de pessoas em todo o mundo para o que poderia integrar a “nova fase da internet”, ou Web3.

Após o anúncio do Facebook, que mudou de nome para Meta e pretende focar seus negócios inteiramente na concepção de metaverso, o mundo todo tomou conhecimento de algo que já era desenvolvido por entusiastas da tecnologia há algum tempo, gerando ainda mais visibilidade e burburinho sobre o assunto.

A partir da iniciativa do Facebook, que se propagou para outras grandes empresas e marcas, o conceito de metaverso ficou dividido: descentralização, ou centralização? Um dos maiores representantes da descentralização é o metaverso Decentraland, onde terrenos virtuais chegam a custar R$ 2,4 milhões e são disputados por bancos e grandes marcas, como JPMorgan, Samsung e Skechers.

(Mynt/Divulgação)

Apesar dos valores altos e moradores de peso, a intenção da plataforma é promover o acesso a experiências totalmente novas para pessoas em todo o mundo, e o único requisito é possuir um computador. A Decentraland é uma organização autônoma descentralizada (DAO), em que existem hierarquias e as decisões são tomadas por meio de votações da comunidade. Por lá, já aconteceram diversos eventos com entrada gratuita, como o MVFW, primeiro Fashion Week da plataforma.

Segundo Giovanna Casimiro, a brasileira que é produtora na Decentraland Foundation e responsável pela realização do MVFW e os principais eventos da plataforma, “desde que os primeiros terrenos virtuais foram vendidos, ali se estabeleceu a DAO”, que é 100% descentralizada e dependente apenas da Decentraland Foundation, uma organização sem fins lucrativos, para a criação de conteúdo e projetos que possam impulsionar a adoção da tecnologia.

“É provável que em algum momento, a fundação se dissolva, em um momento em que a plataforma for tão orgânica que marcas e comunidades se sustentem sozinhas e não precisem da fundação para gerar conteúdo”, contou Giovanna, em entrevista à EXAME.

A especialista, que está desenvolvendo uma tese de doutorado sobre o assunto, ainda teceu comentários sobre a comparação entre um metaverso como Decentraland, e o metaverso proposto pelo Facebook. Para ela, um dos principais diferenciais das plataformas descentralizadas seria o fim do monopólio de dados que empresas como Google e Facebook possuem de seus usuários.

“Quando você olha para os metaversos que são descentralizados, de código aberto, e no blockchain, acho que essa combinação específica demonstra uma nova chance para a internet. É uma oportunidade para a internet que estamos construindo agora nessa segunda década dos anos 2000, que o pessoal chama de Web3. É uma oportunidade de construirmos uma internet de pessoas para pessoas, e não de corporações para pessoas, em que todos consigam lucrar e se beneficiar juntos. Onde esses processos são transparentes, porque o blockchain é transparente. E com as DAOs, você não permite que uma empresa centralizada seja o único direcionador das decisões daquela plataforma”, afirmou.

“Acho que o Facebook já tinha um negócio de óculos de realidade virtual engatilhado, que era uma das estratégias deles, e a Decentraland tem uma outra abordagem, que é a de disponibilizar a experiência para todos, de qualquer computador”, acrescentou Giovanna, revelando que até o final de 2022, a Decentraland também pretende disponibilizar opções para óculos de realidade virtual (VR). Além disso, um aplicativo para desktop, que já está disponível em Windows, será disponibilizado para Mac OS em abril.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:BlockchainCriptoativosFacebookMetaversoNFTs

Mais de Future of Money

Especialistas do BTG apontam “janela de oportunidade” em criptomoedas; saiba como se beneficiar

Volta do Flappy Bird? Retorno do jogo gera polêmica após revelação de criador

“Foco no longo prazo vai possibilitar diversas oportunidades”, diz especialista de cripto do BTG

Conheça o país que tem PIB de US$ 3 bilhões... e US$ 780 milhões em bitcoin