Blockchain e tokenização pode melhorar processos de empresas (Getty Images/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 28 de fevereiro de 2023 às 16h15.
Última atualização em 28 de fevereiro de 2023 às 16h15.
A tecnologia blockchain e o seu uso para tokenizar ativos do mundo real está conquistando players tradicionais em todo o mundo, incluindo a KPMG. Executivos da empresa no Brasil, que integra o grupo conhecido como “Big Four” de auditoria e consultoria, debateram em um artigo recente os impactos da tokenização e blockchain no ecossistema financeiro.
Segundo Thiago Rolli e Gabrielle Hernandes, “a infraestrutura de blockchain e sua adoção no mercado financeiro abrem diversas oportunidades”. Isso porque ela teria o potencial de “simplificar o processo de aquisição e registro desses ativos, reduzindo o custo operacional nas operações de investimentos tradicionais, além de aumentar a oferta de produtos alternativos e inovadores”. Rolli é sócio de consultoria, enquanto Hernandes é sócia-diretora de consultoria na KPMG do Brasil.
Já a tokenização, que transforma e fraciona ativos tradicionais em tokens no blockchain, pode gerar novos modelos de negócio e trazer benefícios desde a regulação ao mercado financeiro.
A tokenização considera as diretrizes regulatórias da lei n° 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados - LGPD) e da resolução do Conselho Monetário Nacional 4893/2021 sobre segurança da informação, Padrão de Segurança de Dados da Indústria de Pagamento com Cartão(da sigla em inglês, PCI) e Diretiva de Serviços de Pagamento Revisada, da União Europeia (da sigla em inglês, PSD2) que estabelecem orientações relacionadas aos temas de privacidade, segurança de informação e do segmento de cartões como meios de pagamento e serviços.
“Os benefícios, para o ecossistema financeiro, da integração tecnológica no contexto de blockchain por meio da tokenização extrapolam para novos modelos de negócio. Eles estimulam o desenvolvimento de projetos que envolvem tokenização de valores mobiliários e instrumentos financeiros, provocando também uma mudança no perfil de profissional apto a atuar nesse cenário, com competências que envolvem desde a análise de dados (a fim de agregar valor ao cliente por meio da personalização das soluções ofertadas que atendam às suas necessidades) até conhecimento sobre regulação e mercado financeiro”, afirmaram Thiago e Gabrielle no artigo.
Para os executivos, que mencionaram uma pesquisa da McLagan que constatou que a utilização do blockchain pode reduzir o custo de infraestrutura bancária em até 30%, os impactos da tecnologia podem ser positivos e a sua adoção pode ser alavancada pelos benefícios, apesar de ainda haver alguns desafios.
“O crescimento da tecnologia de blockchain tem sido alavancado pelo aumento da complexidade dos processos de privacidade de dados e segurança de informação, sendo uma solução que não requer a ampliação de funcionalidades de uma instituição e não demanda a contratação de terceiros para suportar as operações de sustentação”, disseram.
“Os principais pontos a serem endereçados para que o blockchain se torne uma tecnologia de uso massivo são os seguintes: velocidade de desempenho; interoperabilidade; custos; definição de regulamentações a fim de estabelecer diretrizes claras e colaboração”, acrescentaram.
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