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Da criação de bancos (BaaS) à moeda própria: o avanço das stablecoins no Brasil e no mundo

No Brasil, um novo passo está em curso: a possibilidade de empresas — e até governos — criarem suas próprias moedas digitais, com lastro em ativos reais e amparo em tecnologias seguras e rastreáveis

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 19 de abril de 2025 às 11h00.

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Por Thiago Chaves Ribeiro*

O futuro das finanças já começou, impulsionado por mudanças que, embora discretas, estão revolucionando o sistema financeiro global. Nos últimos anos, o universo da Web3 tem assistido a uma verdadeira revolução, com as stablecoins surgindo como protagonistas na nova infraestrutura financeira global.

Moedas digitais, lastreadas em ativos estáveis como o dólar americano ou o real, oferecem uma alternativa eficiente, transparente e acessível aos sistemas financeiros tradicionais. Mais do que uma inovação tecnológica, representam uma mudança de paradigma na forma como o valor é compreendido, armazenado e transferido.

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Segundo dados da Chainalysis, as stablecoins já representam mais de dois terços de todas as transações com criptoativos. Um número que reforça sua consolidação como principal motor do crescimento do setor. Se antes as criptomoedas despertavam desconfiança, hoje essas moedas digitais se mostram como uma ponte concreta entre o dinheiro tradicional e a economia digital.

No Brasil, esse avanço lembra a transformação iniciada com o modelo Banking as a Service (BaaS), que permitiu que as empresas oferecessem serviços financeiros sem a necessidade de se tornarem bancos tradicionais. A descentralização resultante democratizou o acesso ao crédito, às transferências e aos pagamentos. Agora, um novo passo está em curso: a possibilidade de empresas — e até governos — criarem suas próprias moedas digitais, com lastro em ativos reais e amparo em tecnologias seguras e rastreáveis. Essa nova arquitetura torna a economia mais ágil, reduz custos operacionais, diminui a necessidade de intermediários e amplia a autonomia local e institucional.

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O setor tradicional também se movimenta

Grandes instituições começam a estudar o lançamento de suas próprias stablecoins, reconhecendo o potencial estratégico dessas moedas digitais para operações mais eficientes e para integração com novos mercados. No Brasil, por exemplo, o Itaú Unibanco já declarou interesse em desenvolver uma stablecoin própria, condicionando a iniciativa ao avanço das regulações e à maturidade do mercado internacional. A sinalização de bancos de grande porte aponta para um entendimento crescente de que as stablecoins não representam apenas uma disrupção passageira, mas, sim, um elemento central da nova economia.

Nos Estados Unidos, o cenário regulatório também avança em prol disso. Em abril de 2025, a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) emitiu um parecer oficial reconhecendo que algumas stablecoins se enquadram na atual legislação de valores mobiliários. O posicionamento da autoridade americana confere mais previsibilidade jurídica ao setor e abre espaço para a entrada de novos players institucionais, um movimento essencial para que o uso dessas moedas digitais ganhe escala e legitimidade.

Além do setor financeiro tradicional, empresas de tecnologia e inovação também vêm criando soluções baseadas em stablecoins para atender as demandas da economia real. Entre as aplicações mais promissoras estão sistemas de pagamento para benefícios sociais, com uso de blockchain para garantir segurança, rastreabilidade e redução de fraudes. Essas soluções permitem pagamentos diretos, sem intermediários, com controle total por parte das instituições emissoras.

Outro campo em crescimento é o das moedas corporativas com arranjos fechados, emitidas por empresas para operar dentro de seus próprios ecossistemas. Essas moedas privadas podem ser utilizadas para bonificações, programas de fidelidade, transações internas, marketplaces exclusivos e até distribuição de benefícios flexíveis. Com controle direto e maior eficiência, essas iniciativas abrem caminho para novos modelos de relacionamento com clientes, colaboradores e parceiros.

A concepção tradicional de dinheiro, bancos e transações está sendo reescrita em tempo real. As stablecoins já deixaram de ser apenas uma promessa do futuro e se consolidam como base de um sistema financeiro mais moderno, acessível e conectado às dinâmicas digitais do século XXI.

Ao integrar esse tipo de solução às operações cotidianas, empresas e governos não apenas otimizam processos, mas também impulsionam economias circulares mais inclusivas e sustentáveis.

*Thiago Chaves Ribeiro é fundador e CEO da C9 Tech.

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