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"Elo mais fraco é o ser humano", diz especialista em segurança cibernética

Debate sobre segurança digital promovido pelo Future of Money reúne especialistas e aponta caminhos para minimizar riscos para empresas e consumidores

Hackers (Pixabay/Reprodução)

Hackers (Pixabay/Reprodução)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 5 de novembro de 2020 às 20h34.

Última atualização em 11 de novembro de 2020 às 17h35.

Em mais um painel do Future of Money — evento online da EXAME que discute assuntos ligados a inovação financeira e o futuro do dinheiro —, o tema foi a cibersegurança. Em um momento em que novos meios de pagamento e novos modelos de negócio começam a tomar conta do mercado, a segurança digital ganha cada vez mais relevância.

"Sem dúvidas o elo mais fraco é o ser humano", disse João Lucas Melo Brasio, diretor-executivo da Elytron Security, empresa especializada em auditoria e segurança da informação. Brasio trabalha como um "hacker do bem", que tenta atacar a empresa contratante a fim de encontrar falhas e vulnerabilidades. "Quem desenvolve as aplicações? Quem pode expor credenciais, ainda que de forma não intencional?", prosseguiu.

Segundo os especialistas convidados, se errar é parte da natureza humana, a tecnologia pode ser a solução para a maioria dos problemas de segurança digital:

"É preciso investir em tecnologia, não apenas para aumentar a segurança, mas também para melhorar a experiência do consumidor", disse Felippe Galeb, diretor de Soluções de Cibergurança da Mastercard. "È preciso encontrar equilíbrio entre gestão de risco e de segurança e a jornada do cliente. Como uma empresa de cartões vai saber se realmente quem está fazendo aquela compra é o dono do cartão?", disse, em referência à frustração que os sistemas antifraude podem causar quando erram.

"É possível zerar a fraude no mundo dos cartões. É só o banco negar todas as transações. Não vai ter fraude, mas também não vai ter transação boa. Então, como ninguém quer isso, é preciso investir em tecnologia. Inteligência artificial, biometria, biometria comportamental, autenticação, criptografia", complementou. "O controle de fraudes deve estar em equilíbrio com a experiência do cliente".

"A opção por esses novos métodos de pagamento que estão se colocando à disposição do mercado, como Pix, cartões, bancos digitais e afins depende única e exclusivamente do consumidor. E a escolha do consumidor passa principalmente pela confiança. Se o usuário não tiver confiança e segurança de que o meio eletrônico é seguro, ele não vai utilizar. Por isso é um tema tão importante", completou Galeb.

Head de Cybersecurity do BTG Pactual e mediador do debate, Gabriel Borges lembrou que a aceleração do processo de digitalização dos sistemas, serviços e produtos financeiros torna urgente a discussão e os avanços na área: "O risco cibernético só aumenta em todo o mundo, e o custo disso fica na casa dos trilhões de dólares".

A segurança cibernética é um tema relevante para o futuro do dinheiro, especialmente em momento de pandemia, em que muita gente está sendo obrigada a lidar com sistemas e ferramentas até então desconhecidas.

Para assistir ao debate sobre o assunto, na íntegra, clique no player abaixo:

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