Future of Money

CVM dos EUA se opõe à compra de empresa cripto falida Voyager pela Binance

Autarquia exigiu mais informações sobre o acordo de US$ 1,022 bilhão com o braço americano da Binance antes de aprovar a aquisição

SEC disse que já comunicou suas preocupações à Voyager (Divulgação/Divulgação)

SEC disse que já comunicou suas preocupações à Voyager (Divulgação/Divulgação)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 5 de janeiro de 2023 às 14h45.

Última atualização em 5 de janeiro de 2023 às 15h18.

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) apresentou uma “objeção limitada” à proposta de US$ 1 bilhão da corretora de criptomoedas Binance.US para comprar a Voyager Digital, alegando falta de “informações indispensáveis".

A objeção limitada foi apresentada na última quarta-feira, 4. Nela, a autarquia aponta que faltam detalhes sobre a capacidade da Binance.US de financiar a aquisição, como seriam as operações da Binance.US após o acordo e como os ativos dos clientes serão garantidos durante e após a transação.

  • Cansou de tentar falar com alguém da sua Exchange? Conheça a Mynt, a única no Brasil com atendimento 24 horas e todos os dias, feito por pessoas reais. Abra agora sua conta.

Uma objeção limitada é semelhante a uma objeção normal, mas só se aplica a uma parte específica do processo. Além disso, o regulador também quer que a Voyager forneça mais detalhes sobre o que aconteceria caso a transação não fosse consumada até 18 de abril.

Em seu registro, a SEC disse que já comunicou suas preocupações à Voyager e que o credor pretende apresentar uma declaração formal revisada antes da realização de uma audiência sobre o assunto.

Alguns comentaristas sugeriram que a objeção da SEC põe em dúvida a capacidade da Binance.US arcar com a aquisição sem “alguns acordos inconvenientes”, como receber fundos da Binance global.

Embora o CEO da Binance Changpeng Zhao tenha declarado publicamente que a Binance.US era uma "entidade totalmente independente", uma reportagem da Reuters de 17 de outubro alegou que a empesa nos EUA age mais como uma "subsidiária de fato" criada para "isolar a Binance dos reguladores dos EUA".

Em resposta, o CEO argumentou que a Binance estava comprometida em atuar em conformidade com os reguladores, que o autor do artigo estava relatando de maneira tendenciosa e que ele havia usado como fonte uma apresentação fornecida por um consultor externo que nunca chegou a ser implementada.

A Voyager anunciou em 19 de dezembro que aceitou uma oferta da Binance.US para adquirir seus ativos, em um negócio estimado em US$ 1,022 bilhão.

O credor observou em um comunicado à imprensa que a proposta da Binance era a “maior e melhor oferta por seus ativos”, o que maximizaria os valores a serem devolvidos aos clientes e credores “em um prazo acelerado”.

Anteriormente, a Voyager anunciou em 27 de setembro que a FTX.US havia vencido o leilão por seus ativos com uma oferta de US$ 1,4 bilhão, a qual permitiria que os clientes recuperassem 72% de seus depósitos congelados. No entanto, o negócio que não foi fechado diante do subsequente colapso da FTX.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok  

Acompanhe tudo sobre:CriptoativosCriptomoedasEstados Unidos (EUA)SEC

Mais de Future of Money

Autor de Pai Rico, Pai Pobre diz que preço do bitcoin vai “explodir”; entenda o porquê

Além de celulares e joias, criminosos miram criptomoedas em assaltos no Rio de Janeiro

"Acredito firmemente que blockchain é o futuro do mercado financeiro", diz CEO da Binance

McLaren e OKX revelam novo design de carro inspirado em Ayrton Senna