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Criptomoedas são mais populares entre investidores millennials, aponta estudo

Abertura a novas tecnologias e desconfiança com sistema financeiro tradicional são apontados como motivos para maior aceitação

Criptomoedas são mais populares entre os chamados millennials (Reprodução/Reprodução)

Criptomoedas são mais populares entre os chamados millennials (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 28 de abril de 2023 às 07h00.

Uma pesquisa da corretora de criptomoedas Bitget apontou quais parcelas da população mundial possuem mais, ou menos, aceitação ao mercado cripto, levando em conta suas decisões de investimento e visão sobre a regulação do segmento. Segundo o levantamento, o público millennial - formado pelas pessoas que nasceram entre 1981 e 1996 - é com maior aceitação.

Ao todo, foram entrevistadas 255 mil pessoas de 26 pessoas, incluindo mercados importantes como os Estados Unidos, a Alemanha, o Reino Unido, o Japão, a Coreia do Sul e o Brasil. O estudo recebeu respostas de 9,7 mil brasileiros. Os participantes foram divididos em quatro grupos etários: baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964), Gen Xers (1965 a 1980), millennials e Gen Z (1997 a 2012).

Para participar da pesquisa, era obrigatório que o participante tivesse adquirido ao menos uma criptomoeda recentemente, ou então ainda estive em posse dela. Considerado os grupos de divisão, os baby boomers tiveram a menor aceitação a criptomoedas: apesar de representarem 19% da população mundial, apenas 8% dos participantes já compraram uma moeda digital.

A segunda pior taxa de aceitação foi a dos Gen Z, com 21%. Entretanto, o número é maior que a participação deles na população global, de 17%. A segunda melhor taxa de investidores ficou com os Gen Xers, com 25%, contra 23% de participação na população mundial.

Na liderança, isolados, estão os millennials. Dos participantes da pesquisa nessa faixa etária, 46% adquiriram recentemente uma criptomoeda. O número é maior que a participação deles na população mundial, de 31%. Para a Bitget, os dados mostram "um uso desigual de ativos digitais entre diferentes idades".

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A corretora acredita que existem quatro razões que explicam a aceitação maior desses ativos por parte dos millennials, assim como a rejeição por outras faixas etárias. O primeiro é que esse grupo "está mais familiarizado com a internet e as tecnologias digitais em comparação com as gerações mais velhas, o que os torna mais propensos a adotar as criptomoedas".

A Bitget considera ainda que "os millennials estão na idade em que se está começando a construir sua carteira de investimentos". Nesse momento, "as criptomoedas podem ser vistas como uma oportunidade atraente de investimento por causa de seus retornos potencialmente altos".

Além disso, o estudo cita um ceticismo maior por parte desse grupo em relação às instituições financeiras tradicionais. O principal motivo é que os millennials precisariam a crise financeira de 2008 em seus anos de formação, levando a essa desconfiança. Como os criptoativos surgiram como uma alternativa a esse sistema, eles acabam atraindo o grupo.

O último fator citado pela Bitget é que os millennials ficaram conhecidos por adotarem novas tecnologias antes de outras gerações, geralmente tendo mais interesse em testá-las. As criptomoedas são baseadas na tecnologia blockchain, que é relativamente recente e surgiu no fim dos anos 2000.

Segundo o estudo, os integrantes da geração Z "também são grandes fãs de tecnologias modernas e estão ansiosos para usar seu conhecimento de blockchain para salvar e aumentar seus capital". Porém, eles não tiveram experiências negativas com crises financeiras, o que "poderia impedi-los de fazer investimentos de alto risco", caso do mercado cripto.

Há ainda o fato de que ao menos metade dos participantes da pesquisa que integram a geração Z ainda são menores de idade, e portanto tem menos - ou nenhum - investimentos, e por isso também possuem menos capital disponível para investir.

Regulamentação de criptomoedas

A pesquisa da Bitget também questionou os participantes sobre a posição deles em relação à regulamentação de criptomoedas. Os integrantes dos grupos etárias foram questionados se eles considerariam a posição de candidatos em eleições sobre o setor e sua regulação.

Dessa vez, os mais interessados no tema foram os integrantes da geração Z, e não os millennials. A pesquisa aponta que 36% dos membros desse grupo disseram que levariam essa posição em consideração, enquanto 27% dos millennials tiveram a mesma resposta.

Já em relação aos baby boomers e aos Gen Xers, o interesse foi significativamente menor. Apenas 4% e 6% dos integrantes desses grupos, respectivamente, disseram que levariam a posição sobre regulamentação de criptomoedas em consideração ao escolher em quem votariam. Por isso, a Bitget observa que "a cada geração, há mais interesse para saber se seus representantes eleitos têm um interesse semelhante sobre regular ativos digitais".

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