SpaceX é a empresa de turismo espacial do bilionário Elon Musk (Mike Blake/Reuters)
Com a ajuda da SpaceX, empresa de turismo espacial do bilionário Elon Musk, as criptomoedas chegaram ao espaço. O primeiro satélite contendo criptografia relacionada ao blockchain chegou à órbita baixa da Terra em um foguete Falcon 9.
Do tamanho de uma xícara de café, o Crypto 1 da Cryptosat embarcou na última quarta-feira, 25, em direção à órbita terrestre que costuma receber satélites dos mais variados tipos. A missão foi a Transport 5, da SpaceX.
É a primeira vez que algo do gênero é feito, e o satélite marca o início da tecnologia blockchain no espaço. A empresa por trás do desenvolvimento do Crypto1, a Cryptosat, constrói satélites que alimentam aplicativos de cripto e blockchain.
“Acreditamos que os satélites possuem propriedades únicas que os tornam adequados para essas tarefas e, ao lançar essas plataformas no espaço, podemos desbloquear novas e empolgantes oportunidades no campo da computação”, disse a empresa.
“Estamos basicamente nos juntando ao Uber dos voos espaciais”, disse Yonatan Winetraub, cofundador da Cryptosat. “Todo mundo entra na mesma órbita e nós somos um dos passageiros.
De acordo com a Cryptosat, o Crypto1 não depende de outros satélites, e a empresa já possui planos ambiciosos para ele. No futuro, a Cryptosat espera desenvolver protocolos à prova de conhecimento zero.
A prova de conhecimento zero é uma tecnologia de criptografia avançada para verificar detalhes de transações com segurança, amplamente utilizada em mecanismos de votação de organizações autônomas descentralizadas (DAOs).
Yan Michalevsky, um especialista da Cryptosat, também explicou que a comunicação espacial seria realizada via radiofrequência, tornando os sistemas fora do alcance dos hackers que operam da Terra.
“Há muita necessidade disso. Se estivermos analisando protocolos, especialmente na Web3, existem sistemas financeiros inteiros e sistemas de contratos inteligentes, tipos de acordos legais digitais que dependem da confiabilidade da criptografia por trás disso”, afirmou Michalevsky.
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