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Criptomoedas já são essenciais para economia venezuelana, diz especialista

Especialista venezuelano explica os benefícios das criptomoedas na economia do país, diante da crise econômica e desvalorização do bolívar

Moedas que acompanham o dólar são as mais utilizadas (chrispecoraro/Getty Images)

Moedas que acompanham o dólar são as mais utilizadas (chrispecoraro/Getty Images)

Nesta terça-feira, 15, um dos assuntos abordados pela Ethereum.rio foi o uso de stablecoins em países que lidam com crises econômicas e a desvalorização de sua moeda oficial. Citando seu país natal, o venezuelano Luiz Lozada, que é business developer na MakerDAO, explicou os benefícios e possibilidades propostas por este tipo de criptomoeda.

Conhecidas como stablecoins, tratam-se de criptomoedas de valor estável, que podem ser lastreadas em ativos como o ouro e moedas fiduciárias. Algumas delas estão entre as 15 maiores criptomoedas do mundo em valor de mercado, segundo dados do CoinMarketCap. São elas: USDT, USDC, Binance USD e Terra USD, que acompanham o valor do dólar americano. No Brasil, já existem stablecoins baseadas no real, como a cReal.

(Mynt/Divulgação)

“Atualmente, as stablecoins compõem grande parte da economia venezuelana. Há uns cinco ou sete anos, a população começou a adotar o dólar, e preferir utilizar contas em bancos americanos. No entanto, por conta da inflação e da cotação do bolívar, agora as pessoas usam contas em corretoras de criptomoedas, com stablecoins como a Binance USD”, afirmou Lozada, explicando como as stablecoins facilitam o acesso às moedas de outros países.

O business developer da MakerDAO ainda contou como o processo funciona no dia a dia dos venezuelanos. “Quando estou na Venezuela e preciso ir ao mercado, eu troco minhas stablecoins por bolívares. Eu não tenho nenhuma posição na moeda local do meu país”, disse.

A MakerDAO, onde Lozada é desenvolvedor, também é responsável por uma stablecoin. Segundo a empresa, a DAI é "a primeira moeda imparcial do mundo e a principal stablecoin descentralizada". No momento, ela ocupa o 18º lugar no ranking das principais criptomoedas do mundo, segundo o CoinMarketCap.

O aumento na adoção das stablecoins em países como a Venezuela e o Brasil ocorre por razões socioeconômicas, segundo Lozada. “As pessoas não querem ter moedas desvalorizadas”, declarou o venezuelano.

Até o dia 20 de março, o Rio de Janeiro virou a casa dos maiores especialistas em blockchain da América Latina e do mundo. Durante este período, está acontecendo o Ethereum.rio, evento realizado pela Comunidade Independente da Ethereum, a segunda maior criptomoeda do mundo. Ele é transmitido online de forma gratuita pela plataforma Twitch.

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