Nesta quarta-feira, 9, o bitcoin e as principais criptomoedas enfrentam alta volatilidade com os desdobramentos da guerra tarifária de Donald Trump. O mercado está em um verdadeiro "sobe e desce" de incerteza sobre quais serão os próximos passos do novo presidente norte-americano. Durante a tarde, Trump anunciou uma pausa nas tarifas, com exceção para a China. Durante 90 dias, o restante dos países terão aplicadas a tarifa-base de 10%. Isso fez com que o bitcoin voltasse a subir, ultrapassando os US$ 82 mil.

No momento, o bitcoin é cotado a US$ 82.267, em queda de 6,5% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a maior criptomoeda do mundo ainda acumula queda de quase 4,8%.

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“Vale ficar atento à próxima reunião do FOMC, agendada para 7 de maio. Se as disputas comerciais causarem uma desaceleração econômica ou aumento significativo no desemprego, é provável que o Banco Central dos EUA (Fed) precise antecipar cortes nas taxas de juro. Atualmente, o mercado já prevê 52% de chance de corte na próxima reunião”, concluiu Galhardo à EXAME.

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Impactos da guerra tarifária em cripto

Um estudo da Binance Research apontou a queda na demanda e o aumento na volatilidade e aversão ao risco como os principais impactos da escalada da guerra tarifária de Donald Trump. Ainda de acordo com os especialistas da plataforma, além das criptomoedas, o cenário macroeconômico do país deve ser afetado significativamente.

“Com as expectativas de inflação aumentando e as preocupações com o crescimento aumentando, o risco de cair na estagflação — um período de produção estagnada juntamente com aumentos persistentes de preços — tornou-se mais aparente”, diz o estudo, que também aponta uma maior vulnerabilidade do mercado cripto a mudanças repentinas de política monetária nos EUA:

“Nesse ambiente macroeconômico de alta incerteza, a volatilidade elevada provavelmente persistirá — tanto como parte de uma dinâmica mais ampla de aversão ao risco quanto à persistência do potencial para novas escaladas da guerra comercial”.

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