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Criptomoedas acompanham bolsas e têm maior queda diária de capitalização desde 2022

Queda generalizada nas bolsas ao redor do mundo também atingiu o mercado cripto, com destaque para o bitcoin e o ether

Mercado de criptomoedas voltou a cair em 2024 (Reprodução/Reprodução)

Mercado de criptomoedas voltou a cair em 2024 (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 5 de agosto de 2024 às 12h22.

O mercado de criptomoedas registrou nesta segunda-feira, 5, a sua maior queda de capitalização de mercado nas últimas 24 horas desde janeiro de 2022, quando entrou em um forte ciclo de baixa que perdurou pela maior parte daquele ano. As perdas refletem uma desvalorização generalizada nas bolsas ao redor do mundo.

Dados da plataforma CoinGecko apontam que, nas últimas 24 horas, a capitalização do mercado cripto caiu mais de 18%. Com isso, ela está atualmente abaixo da casa dos US$ 2 trilhões pela primeira vez desde 2023, registrada no momento em US$ 1,847 trilhão.

A queda também resultou em uma liquidação de mais de US$ 1 bilhão em posições no mercado de preços futuros de criptomoedas. Entre os destaques, o bitcoin e o ether acumulam perdas de mais de 20% e 30% nas últimas 48 horas, respectivamente.

Como os dois ativos são os maiores do mercado cripto, a forte desvalorização impacta diretamente na perda de capitalização do setor. O ether, por exemplo, registrou a maior queda diária desde 2021. Já o bitcoin chegou a operar abaixo da casa dos US$ 50 mil pela primeira vez no ano.

Entretanto, as fortes quedas não ocorrem apenas no mercado de criptomoedas. Combinadas, as ações das sete principais empresas de tecnologia na bolsa de Nasdaq, nos Estados Unidos, perderam mais de US$ 1 trilhão de valor de mercado nas últimas 24 horas, lideradas pela Apple e pela Nvidia.

O Nasdaq registra uma queda de mais de 4% desde a sua abertura, enquanto o índice Dow Jone teve uma queda de mais de 1 mil pontos. Na Europa, as bolsas operam em queda de mais de 3,2%. Ao mesmo tempo, o índice VIX, de volatilidade, igualou os níveis registrados na pandemia de Covid-19.

As quedas estão ligadas a uma combinação no mercado de receios sobre uma possível recessão nos EUA, a escalada das tensões geopolíticas no Oriente Médio e, principalmente, uma nova alta na taxa de juros do Japão, que desencadeou um movimento intenso de venda de ativos. Para Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, porém, o movimento é "extremado".

Para especialistas, o cenário para o mercado de criptomoedas ainda é de tendência de baixa no curto prazo, mas é necessário acompanhar os possíveis desdobramentos dos eventos que estão no radar do mercado para entender os impactos no médio prazo. Entretanto, as quedas recentes também podem servir como uma oportunidade de compra com foco no longo prazo.

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