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Um em cada cinco fundos de hedge já investe em criptoativos, diz PwC

Relatório anual sobre fundos de hedge mostra também que àqueles focados em criptomoedas dobraram sua exposição ao longo de 2020

 (Niphon Subsri / EyeEm/Getty Images)

(Niphon Subsri / EyeEm/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 24 de maio de 2021 às 17h01.

Cerca de 21% de todos os fundos de hedge do mundo já investem em criptoativos, mostra relatório recém-divulgado pela PricewaterhouseCoopers (PwC). O levantamento indica também que os fundos de hedge focados em criptomoedas praticamente dobraram sua exposição ao longo de 2020.

“Estimamos que o total de ativos sob gestão de fundos de hedge de criptomoedas aumentou globalmente para quase US$ 3,8 bilhões em 2020, ante US$ 2 bilhões no ano anterior. A porcentagem de fundos de hedge de criptoativos com ativos sob gestão superiores a US$ 20 milhões aumentou em 2020 de 35% para 46%”, diz a empresa, no documento.

Chamado "Global Crypto Hedge Fund Report", o estudo anual da PwC mostra que 92% dos fundos de hedge focados em criptoativos investem em bitcoin. A segunda criptomoeda mais popular é o ether (67%), seguido por litecoin (34%), chainlink (30%), polkadot (28%) e aave (27%).

Ao mesmo tempo, o documento aponta que um em cada cinco fundos de hedge “tradicionais” - ou cerca de 21% desse tipo de investimento - também tem criptomoedas no portfólio. Em média, essas organizações alocaram cerca de 3% do dinheiro sob sua gestão em ativos digitais, mas quase todas (ou exatos 85%) planejam aumentar a exposição às criptomoedas até o final de 2021.

Entre os 79% dos fundos de hedge que ainda não investe no setor, 26% afirmam estar em "estágios finais de planejamento para fazê-lo, ou interessados em fazer isso no futuro". Por outro lado, 82% deles afirmam que a falta de clareza regulatória é o principal obstáculo para sua entrada no mercado cripto.

Já entre os fundos de hedge "tradicionais" e que já investem em criptoativos, 50% acreditam que o setor apresenta grandes desafios, citando a reação dos clientes de alto patrimônio e o risco reputacional como os princiais, citados por 77%. Ao mesmo tempo, quase 65% dos entrevistados que afirmaram já investir em criptoativos reconheceram "não ter conhecimento profundo sobre ativos digitais".

O relatório conclui que, caso as barreiras de entrada no mercado de criptoativos sejam resolvidas, 64% dos gestores pretendem começar ou acelerar o seu envolvimento ou investimento, ou mudar sua abordagem para se tornar mais envolvido" com criptoativos.

O crescimento dos fundos de hedge de criptoativos e do interesse pelo setor por fundos de hedge "tradicionais" têm relação com características de ativos como o bitcoin, que não têm correlação com outros setores e, por ter oferta limitada, é deflacionário, mas também está diretamente ligado ao crescimento do mercado e à valorização dos preços dos ativos - o relatório mostra que boa parte dos entrevistados foram lançados nas altas de 2017 e 2020.

No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o seu funcionamento. Confira.

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