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Ray Dalio diz que assim como foi com o ouro, bitcoin pode ser proibido

Criador de fundo bilionário, Ray Dalio fala sobre a possibilidade da proibição do bitcoin e compara relevância da criptomoeda com o ouro

Sócio fundador da Bridgewater Associates, Ray Dalio.  (Kimberly White/Getty Images)

Sócio fundador da Bridgewater Associates, Ray Dalio. (Kimberly White/Getty Images)

Em mais uma entrevista ao portal Yahoo Finance, o famoso investidor e gestor de fundos de hedge Ray Dalio trouxe uma posição atualizada de sua visão sobre o bitcoin. Nesta quarta-feira (24), Ray foi questionado sobre o atual momento da criptomoeda, e apesar de demonstrar uma percepção positiva sobre a evolução do ativo, revelou também uma preocupação rem relação a uma tentativa de proibição do bitcoin.

Novamente, o investidor foi bombardeado com perguntas sobre um dos temas mais quentes da atualidade, o bitcoin. Os entrevistadores do Yahoo Finance queriam entender, a percepção de Dalio sobre 4 tópicos:

1 – O bitcoin está em uma bolha?

2 – Ele é perigoso?

3 – O que você acha da possibilidade do governo proibi-lo?

4 – A proibição seria possível?

Para Dalio, o bitcoin tem demonstrado seu valor, principalmente através da construção de uma comunidade ao seu redor e da possibilidade de ser uma reserva de valor.

“O bitcoin provou seu valor nos últimos 10 anos. Provou que não foi hackeado. Em geral, tem funcionado em sua base operacional. Ele construiu um número significativo de seguidores. De certa forma, é uma alternativa como reserva de valor. É como um dinheiro digital. E essas são as vantagens.”, disse Ray Dalio sobre a criptomoeda. A respeito da teoria de uma bolha, o investidor foi mais reservado e apenas descreveu como realmente são as bolhas no mercado financeiro, sem inferir sua opinião sobre o bitcoin. “Uma bolha é algo que não tem valor intrínseco. É algo que tem valor atribuído. É tudo que pensamos que é”, disse Dalio sobre as bolhas no mercado.

Sobre a possibilidade de proibição da criptomoeda, Ray Dalio fez uma viagem no tempo ao relembrar a lei da reserva de ouro, que foi promulgada em 1934 pelo presidente americano Franklin D. Roosevelt, que tornava ilegal a posse de ouro, porque o governo não queria que o ouro competisse com o dinheiro como uma reserva de valor. “Algo similar poderia acontecer com o bitcoin, que cresceu em um cenário com altos níveis de endividamento, taxas de juros baixas, com muita liquidez, estímulos e investidores buscando alternativas para títulos e moedas”, pontuou o investidor sobre a possibilidade de uma proibição semelhante a do ouro em 1934 nos EUA.

Em sua concepção, Dalio enxerga que os países valorizam muito seu monopólio sobre o controle de oferta e demanda, ou seja, os governos não querem que outro dinheiro possa ser um competidor para sua moeda, pois as coisas podem ficar fora de controle. Nesse sentido, para o investidor, existe a possibilidade de uma tentativa de proibição.

“Então, eu acho que é bem possível que, em certas circunstâncias, que ele seja proibido como ocorreu com o ouro", complementou sobre a possibilidade de proibição.

Por último, ainda sobre proibição, Ray mencionou a ação do governo da Índia, que está explorando a possibilidade de criminalizar a posse e negociação de criptomoedas no país.

“Nós temos que ver o que isso significa. Agora, eles podem fazer isso? Agora entramos nos detalhes. Meu conhecimento sobre as pessoas que trabalham na vigilância do governo é de que sim, se eles podem entender, eles podem rastrear”, disse Ray Dalio.

Em janeiro, Ray Dalio deixou explicita sua visão sobre a criptomoeda, através do texto intitulado “O que eu realmente penso sobre o bitcoin”. Depois de sua publicação, o bitcoin disparou de 32 mil dólares para pouco mais de 39,5 mil dólares, que foi um dos belos saltos da moeda durante esse rali.

No curso Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da EXAME, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. Confira.

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