CBDCs e moedas privadas

Novo smartphone Huawei tem carteira cripto e suporte a yuan digital

Smartphones da linha Mate 40 virão com wallet para criptoativos embutida e suporte ao novo CBDC chinês, chamado de "yuan digital"

Loja da Huawei: fim do acesso a componentes e serviços americanos, como músicas do Google (Hannibal Hanschke/Reuters)

Loja da Huawei: fim do acesso a componentes e serviços americanos, como músicas do Google (Hannibal Hanschke/Reuters)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 30 de outubro de 2020 às 14h31.

Última atualização em 11 de novembro de 2020 às 17h36.

Uma das empresas que mais vendem smartphones no mundo, ao lado de gigantes como Samsung e Apple, a chinesa Huawei anunciou o lançamento de seu novo aparelho, Huawei Mate 40, com uma novidade: uma carteira de hardware embutida para criptoativos com suporte à moeda digital do governo chinês.

Moedas digitais podem ser armazendas basicamente de duas maneiras: em uma carteira digital online, ou em uma carteira de hardware, um dispositivo físico feito exclusivamente para guardar ativos digitais. A segunda opção, por não estar sujeita à ataques de hackers e outros problemas técnicos, costuma ser mais segura.

"O Mate 40 virá com uma hardware wallet, que garante segurança em nível de hardware, proteção anônima controlável e possibilita transações offline", disse a gigante da tecnologia em comunicado publicado no canal oficial da companhia no site Weibo.

O suporte ao yuan digital mostra que o lançamento oficial do CBDC chinês pode estar próximo. A expectativa já era alta após o primeiro teste com o ativo, realizado em meados de outubro pelo governo, que selecionou 50.000 pessoas na cidade de Shenzhen para utilizar o ativo.

Novo lançamento da Huawei, os smartphones da Mate 40 Series, que incluem versões Pro e Pro Plus, são os novos carros-chefe da marca e foram anunciados na semana passada, mas o suporte ao yuan digital foi divulgado depois.

Por causa das sanções impostas pelo governo dos EUA, os smartphones da linha Mate 40 podem ser os últimos da gigante chinesa a utilizar o sistema operacional Android. O aparelho ainda não tem data para início das vendas, mas sabe-se que custará em torno de mil dólares.

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