(Siegfried Layda/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 5 de julho de 2021 às 16h50.
A queda no preço do bitcoin e a dificuldade da criptomoeda em manter seu valor acima de 35 mil dólares diminuíram o apetite dos investidores brasileiros pelo ativo digital, indica estudo. Segundo o levantamento, divulgado no fim de semana, o volume de negociações do principal criptoativo do mercado caiu consideravelmente no último mês.
De acordo com o novo relatório, realizado pelo Cointrader Monitor, um dos principais agregadores de dados do mercado de criptomoedas do país, o Brasil registrou a negociação de cerca de 37.292 bitcoins durante o último mês de junho. O volume, embora significativo, já que representa mais de 6,7 bilhões de reais na cotação atual da criptomoeda, é 45,8% menor quando comparado ao mês de maio, que registrou uma movimentação de mais de 12 bilhões de reais.
Em bitcoin, a queda foi um pouco menor, de 29%, já que em maio foram 52.595 bitcoins negociados no país. Os autores do levantamento explicam o porquê da diferença: "A defasagem da retração em bitcoins em relação ao crescimento em reais se dá ao fato de que o par BTC/BRL sofreu desvalorização no período. No dia 1/6/2021 o valor do bitcoin era de R$ 191.031,78 e no dia 30/6/2021 era de R$ 176.243,64, tendo desvalorizado 7,74% no período de 1 mês".
Ainda segundo o relatório, pelo quarto mês consecutivo a exchange com maior volume de negociações no Brasil foi a Binance, responsável pela movimentação de 12.486 bitcoins. "A Binance foi responsável por 33,5% das negociações de bitcoins no Brasil durante o mês de junho. No período, o dia que registrou a maior movimentação de bitcoin foi em 22/6/2021 com 2.338,22 BTC, o equivalente a R$ 380,5 milhões. E o dia com menor movimentação foi 6/6/2021, com 354 BTC (R$ 64,8 milhões)", mostra o relatório.
Depois da corretora chinesa, aparecem como as principais bolsas de criptoativos do país, por volume de negociações, a BitcoinToYou, BitPreço e Mercado Bitcoin, que recentemente recebeu aporte bilionário do Softbank e se tornou o primeiro "unicórnio" do setor de criptoativos do Brasil.
Outro estudo divulgado recentemente também mostra que, em 2020, os brasileiros estão entre aqueles que mais lucraram com as negociações de criptomoedas no mundo.