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Não é só o bitcoin: ether acumula alta de 400% em 2020 e quebra recorde

Segundo maior criptoativo do mundo segue embalo do bitcoin, passa de 500 dólares e atinge seu maior preço dos últimos 28 meses

 (Thomas Trutschel / Colaborador/Getty Images)

(Thomas Trutschel / Colaborador/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 20 de novembro de 2020 às 11h30.

Não é só o bitcoin que está em alta no mercado de criptoativos. Segundo maior ativo digital do mundo, o ether, criptoativo da Ethereum, acaba de atingir seu maior preço dos últimos 28 meses, sendo cotado acima de 500 dólares pela primeira vez desde julho de 2018.

A alta no preço do ether vem no embalo do bitcoin. Como o BTC tem cerca de 65% da capitalização de mercado de todos os criptoativos somados, quando o maior ativo digital do mundo sobe, acaba "puxando" outros ativos para o movimento de alta.

No caso do ether, outro fator relevante ajuda a levar o ativo para patamares cada vez maiores: o Ethereum 2.0. A atualização da rede, que inclui a divisão do blockchain e tem como principal novidade a mudança do algoritmo de consenso, que passará a funcionar no modelo de proof-of-stake, também favorece os ganhos do ativo.

"A crença dos investidores é de que isso levará à escassez do criptoativo", disse Nischal Shetty, CEO da exchange WazirX, ao site Coindesk. Atualmente, a rede Ethereum utiliza o modelo de proof-of-work para validação das transações, que consiste basicamente em realizar inúmeros cálculos matemáticos, que exigem um grande poder computacional e um grande custo energético, o que dificulta sua mineração.

No novo algoritmo de consenso proof-of-stake, a validação das transações se baseia na quantidade de ativos que o indivíduo possui. Aqueles que desejam minerar ETH devem enviar seus tokens para um contrato inteligente, que os deixa bloqueados. Quanto maior o saldo nesse contrato inteligente, maior a chance de minerar e validar as transações de um bloco. Assim, a rede sorteia, de forma aleatória e baseada na quantidade de tokens, um indivíduo para validar cada bloco, e depois os demais participante conferem se a validação é verdadeira. Esse modelo faz com que a validação das transações seja mais barata, acessível e descentralizada.

Ao contrário do bitcoin, que está cada vez mais perto da sua máxima histórica — no momento, é negociado acima de 18.200 dólares, e seu preço máximo já registrado é de quase 20 mil —, o ehter ainda tem um longo caminho até o seu preço máximo, que é de 1.433 dólares.

Os números de 2020, entretanto, são bastante impressionantes. O ether começou o ano valendo 130 dólares, o que significa um aumento de 280% até o seu preço atual. No mercado brasileiro, a alta é ainda maior, devido a desvalorização do real: após começar 2020 valendo 560 reais, hoje o ETH é vendido a 2.750 nas exchanges nacionais — um aumento de quase 400%.

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