Criptoativos

Na véspera de aguardado IPO, bitcoin passa de US$ 63 mil pela primeira vez

Principal criptomoeda do mundo registra novo recorde de preço na véspera da aguardada abertura de capital da Coinbase; Ethereum também registra nova máxima

 (Chesnot / Colaborador/Getty Images)

(Chesnot / Colaborador/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 13 de abril de 2021 às 10h49.

Às vésperas da aguardada abertura de capital da Coinbase, marcada para a próxima quarta-feira, 14, o mercado de criptoativos começou a terça-feira agitado, com novos recordes de preço do bitcoin e do ether, as duas principais criptomoedas do mundo, que chegaram a 63.250 dólares e 2.225 dólares, respectivamente.

Os novos recordes de preço vêm um dia antes da primeira abertura de capital de uma corretora de criptomoedas no mundo, fato que é muito esperado pelo mercado desde seu anúncio, no final de 2020.

Um eventual interesse do mercado pela empresa pode indicar o interesse dos investidores de mercados tradicionais pelo mercado cripto, já que a empresa tem parte de suas reservas em bitcoin e, mais do que isso, seus resultados e seu desempenho estão diretamente relacionados com o desempenho do mercado de criptoativos, como mostram os resultados divulgados pela companhia recentemente. Além disso, a compra de papeis da Coinbase será também uma forma dos investidores garantirem exposição aos criptoativos sem ter que participar diretamente neste mercado.

As perspectivas positivas em relação à listagem da Coinbase na Nasdaq animaram os investidores do mercado de criptoativos, que levaram o bitcoin à uma alta de quase 5% na manhã desta terça, chegando a mais de 9% de alta acumulada nos últimos sete dias. Já o ether, criptoativo da rede Ethereum, começou o dia com alta de 4% e 5,5% no acumulado da última semana.

A alta no preço do bitcoin não está ligada apenas à abertura de capital da Coinbase. O amadurecimento do mercado, os investimentos institucionais e a consolidação de preço do bitcoin acima de 50 mil dólares - valor que mantém desde o final de fevereiro - são fatores relevantes para uma nova máxima no preço do ativo digital.

Para o analista de criptoativos da Quantum Economics, Jason Deane, o movimento era inevitável: “O bitcoin vem testando os níveis de resistência há algumas semanas, sempre refutando e voltando imediatamente, sem se deixar abater”, disse, ao site Decrypt. “A máxima de hoje foi, portanto, inevitável, já que o impulso do mercado, o sentimento dos investidores e a aceleração do desenvolvimento [do mercado] foram seus impulsionadores primários”.

No momento, o bitcoin é negociado no mercado internacional a cerca de 62.800 dólares, um pouco abaixo da máxima registrada há algumas horas, enquanto o ethereum é cotado muito próximo de seu preço recorde, na faixa de 2.220 dólares. No mercado brasileiro, o bitcoin também é negociado no preço mais alto de sua história, a 360 mil reais.

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedas

Mais de Criptoativos

Trump anuncia NFTs colecionáveis de si mesmo

Criptomoedas: o que muda com a regulamentação das moedas virtuais aprovada pelo Congresso

Estado de Nova York proíbe 'mineração' de criptomoedas; entenda