Criptoativos

Mesmo com queda, bitcoin é o melhor investimento no Brasil no semestre

Mesmo com queda de 40% no segundo trimestre, bitcoin chega à metade do ano como o investimento de melhor performance no país

 (AlexSava/Getty Images)

(AlexSava/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 1 de julho de 2021 às 16h06.

Última atualização em 1 de julho de 2021 às 18h16.

A enorme queda do preço do bitcoin desde maio não foi suficiente para tirar a maior criptomoeda do posto de melhor investimento do primeiro semestre de 2021 no Brasil.

O bitcoin abriu o ano com uma alta consistente e valorizou mais de 100% nos primeiros meses do ano, para depois registrar uma queda de 41% no segundo trimestre.

A alta do real contra o dólar também serviu para acentuar as perdas, mas mesmo assim a criptomoeda conseguiu fechar o semestre em alta de 19%, se consolidando como o melhor investimento no período para os brasileiros.

O bitcoin foi o único ativo a superar o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), que subiu 15% no primeiro semestre. Vinícius Chagas, analista da Blockchain Academy, braço educacional do Grupo 2TM, que controla a corretora cripto ouMercado Bitcoin, comentou: "No primeiro trimestre, o bitcoin vinha de uma alta que havia se iniciado no ano de 2020 e foi quebrando máximas históricas em sequência até atingir o seu pico, na casa dos US$ 63 mil".

A queda do segundo trimestre foi puxada principalmente pelas declarações do bilionário sul-africano Elon Musk, que suspendeu os pagamentos em bitcoin da Tesla por preocupações ambientais com a mineração, e pela pressão da China contra mineradores. Chagas destacou que nem mesmo a adoção do bitcoin como moeda legal em El Salvador foi capaz de reaquecer o mercado.

Em comparação com outros investimentos, o semestre do bitcoin, porém, traz otimismo. O Ibovespa, também um dos investimentos com maior rentabilidade no período, subiu 6,5%, acumulando sua quarta alta mensal em junho. O índice da Bolsa de Valores brasileira havia começado 2021 com queda de 7,5% em janeiro e fevereiro.

Outro ativo que constantemente ganha comparações com o bitcoin, o ouro é destaque negativo no semestre. O metal precioso, muitas vezes tido como porto seguro para investimentos, perdeu 11% de valor contra o real no primeiro semestre de 2021. O dólar também fechou no vermelho, em queda de 4,3%, negociado hoje a R$ 4,97.

Ricardo Campos, da Reach Capital, citou a recuperação econômica global após o surgimento da pandemia: "A recuperação econômica continua a todo vapor no Brasil e no mundo".

A volta das atividades com a vacinação contra o coronavírus de fato tem estimulado a retomada econômica em vários países do mundo, mas não no Brasil, onde o fechamento completo, como os lockdowns na Europa, nunca foi feito e a vacinação teve início tardio.

Há, entretanto, quem não esteja tão otimista quanto o investidor brasileiro. O Brasil perdeu 62% dos investimentos estrangeiros em 2020 e regrediu para os níveis de 2001.

O famoso empresário e autor do best-seller "Pai Rico, Pai Pobre", Robert Kiyosaki, disse recentemente que a "maior crise mundial está por vir" e recomendou aos investidores que se protejam com ouro, prata e bitcoin.

por Cointelegraph Brasil
Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasDólarIbovespaInvestimentos-pessoaisOuro

Mais de Criptoativos

Trump anuncia NFTs colecionáveis de si mesmo

Criptomoedas: o que muda com a regulamentação das moedas virtuais aprovada pelo Congresso

Estado de Nova York proíbe 'mineração' de criptomoedas; entenda

Mineradores de Bitcoin serão desligados da rede em caso de crise energética, diz União Europeia