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Lucro mensal com mineração de bitcoin e ether cresce e passa de R$ 15 bilhões

Receita dos mineradores da rede Ethereum lucram mais de 1 bilhão de dólares pela primeira vez; total de fevereiro foi de US$ 1,36 bilhão na rede Bitcoin e US$ 1,37 na rede Ethereum

Mineração de bitcoin  (Bloomberg/Getty Images)

Mineração de bitcoin (Bloomberg/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 2 de março de 2021 às 10h11.

Última atualização em 2 de março de 2021 às 11h55.

A receita de mineração das redes Bitcoin e Ethereum atingiram valores recordes em fevereiro, segundo dados do The Block Crypto Data. Foram 1,36 bilhão de dólares lucro para o mineradores de bitcoin e 1,37 bilhão de dólares para o mineradores de ether.

Foi a primeira vez na história que os mineradores de ether ganharam mais de 1 bilhão de dólares em um único mês. O total, de 1,37 bilhão, foi 65,1% maior do que o valor registrado em janeiro. Do valor, quase 645 milhões vieram das recompensas pagas pela própria rede aos validadores das transações.

O restante, cerca de 723 milhões, ou 53% do total, vieram das taxas de transferência, que é um dos maiores alvos de crítica ao Ethereum, devido ao seu aumento de preço quando a rede está sobrecarregada. Com o crescimento das aplicações de finanças descentralizadas nos últimos meses, o número de transações na rede Ethereum aumentou muito, levanda as taxas a um número recorde.

Para resolver a questão, o Ethereum tenta mudar seu sistema de mineração, atualmente baseado no modelo de prova de trabalho, através da Proposta de Melhoria do Ethereum, chamada EIP-1559. No entanto, ainda não existe consenso dos mineradores sobre o assunto — maior mineradora da rede, a Sparkpool é contrária à proposta; já a F2Pool, terceira maior mineradora da rede, se mostra favorável.

Em relação ao bitcoin, apenas 13,7% dos 1,37 bilhão recebido pelos mineradores em fevereiro vieram de taxas. O restante, cerca de 1,18 bilhão, vieram das recompensas pagas aos validadores, como mostra o gráfico abaixo. O aumento em relação a janeiro foi de 21,4%, motivado, principalmente, pelos novos recordes de preço da criptomoeda, que chegou passou de 58 mil dólares.

Os mineradores de bitcoin têm sofrido desde dezembro com a falta de reposição de equipamentos de informática para minerar a criptomoeda, com muitos deles passando a investir em equipamentos portáteis para realizar a função, elevando o preço dos mesmos e provocando polêmica com gamers.

No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da Exame, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. Confira.

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