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Líder em pagamentos com criptomoedas quer transformar e-commerce no Brasil

Recém-chegada ao Brasil, CoinPayments já transacionou mais de R$ 200 milhões no país em 2021 e busca expandir atuação com e-commerces e marketplaces nacionais

 (MonthiraYodtiwong/Getty Images)

(MonthiraYodtiwong/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 12 de julho de 2021 às 15h49.

A CoinPayments, uma das principais empresas de soluções em pagamento com criptomoedas do mundo, desembarcou no Brasil em 2021 e já tem metas ambiciosas para sua expansão no país, com o objetivo principal de transacionar mais de 520 milhões de reais até dezembro.

Fundada em 2013, a empresa já oferecia os seus serviços no Brasil, mas não tinha operação exclusiva no país. Isso mudou em meados de abril, quando a CoinPayments decidiu começar sua expansão pela América Latina em terras brasileiras. Segundo a empresa, a opção se deu pela liderança regional do Brasil neste mercado.

“O mercado de criptomoedas está crescendo e se consolidando no Brasil, o que coloca o país na rota de investimentos e de inovação no setor. É preciso garantir uma estrutura tecnológica capaz para atender a essa demanda, permitindo que as pessoas e empresas possam utilizar esses ativos”, disse Rubens Neistein, diretor de negócios da CoinPayments nno Brasil.

A CoinPayments possui um software de gestão de carteiras e custódia de criptomoedas e oferece aos seus clientes ferramentas para quem possam receber pagamentos com criptomoedas como bitcoin, ether e outros mais de 2.100 ativos digitais - inclusive com a opção de conversão instantânea para moedas fiduciárias.

Para Rubens, as vantagens para lojistas que aceitam criptomoedas passam por segurança, economia e novos clientes: "No pagamento com criptomoedas não existe chargeback. A partir do momento que ele recebe o pagamento em cripto em sua wallet, não existe a chance de estorno. O segundo ponto, são as taxas mais baixas. Hoje, a taxa para um pagamento em criptomoeda utilizando a CoinPayment é de 0,5%, e o lojista recebe esse valor à vista em sua carteira. O terceiro ponto é a grande base de clientes que o usuário desse gateway terá acesso. Atualmente, os detentores de criptomoedas têm um poder de compras enorme e procuram estabelecimentos que proporcionem esse tipo de transação. No Brasil, atualmente, são cerca de 3 milhões de pessoas que estão usando, comprando e guardando criptomoedas, até como ativo de investimento. Esses ativos podem ser usados para compras", disse, à EXAME.

Em 2020, a empresa movimentou 75 milhões de dólares (quase 400 milhões de reais) no Brasil. Para 2021, a meta é atingir valor pelo menos 30% maior, cerca de 100 milhões de dólares, ou quase 525 milhões de reais - apenas no primeiro trimestre a CoinPayments já movimentou 40 milhões de dólares, ou 40% da meta de anual.

Rubens explica a estratégia da empresa para conseguir crescer no país: "O trabalho de atrair os consumidores e lojistas é feito de forma distinta, porém um acaba refletindo no outro. Quando falamos de lojistas, estamos fazendo um trabalho de integração com grandes plataformas de e-commerce no Brasil, que vão disponibilizar para milhares de lojas a possibilidade de aceitar pagamentos em criptomoedas. Para as pessoas, vamos fazer um trabalho de marketing, aliado a um esforço de cultura e educação para uma inserção dos consumidores nesse universo".

Atualmente, a companhia atende mais de 70 mil comerciantes em mais de 200 países, entre e-commerces, marketplaces, fintechs e outras empresas, possui mais de 1 milhão de usuários e já ultrapassou a marca de 10 bilhões de dólares (52 bilhões de reais) em transações no mundo todo.

O uso de criptomoedas como meios de pagamento tem se tornado cada vez mais comum no mundo todo. Na última semana, o CFO global da Visa, Vasant Prabhu, anunciou que consumidores já gastaram mais de 1 bilhão de dólares em criptomoedas com cartões da marca emitidos por empresas parceiras como Coinbase e BlockFi, entre outras, apenas em 2021.

 

 

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