Criptoativos

Gêmeos Winklevoss: 'Está apenas começando. O bitcoin vai superar o ouro'

Em palestra, Tyler e Cameron Winklevoss reafirmam otimismo sobre mercado de criptoativos e preveem market cap 40 vezes maior para o bitcoin

 (Bloomberg/Getty Images)

(Bloomberg/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 10h11.

Em palestra no Singapore Fintech Festival realizada na noite de segunda-feira (7), os irmãos Winklevoss, que ficaram conhecidos por criar a rede social que inspirou o Facebook — e que acabou em longa batalha judicial com Mark Zuckerberg — e, depois, por se tornarem os primeiros bilionários do bitcoin, reafirmaram suas previsões otimistas sobre o maior ativo digital do mundo.

Segundo Tyler e Cameron Winklevoss, que participaram em novembro do Future of Money e falaram que a faixa de preços atual do bitcoin "é uma pechincha", a capitalização de mercado do criptoativo vai superar em breve a do ouro, fazendo com que o bitcoin valha mais de 500 mil dólares — atualmente, o BTC é negociado na faixa de 18.800 dólares.

De acordo com os irmãos gêmeos, o market cap do bitcoin vai crescer 40 vezes, passando dos atuais 340 bilhões de dólares para mais de 13 trilhões — a capitalização de mercado do ouro é estimada em cerca de 9 trilhões, incluindo o valor de reservas ainda não exploradas.

Cameron citou a "enorme quantidade de dinheiro sendo impresso" por grandes economias como forma de controlar os efeitos econômicos da pandemia e falou sobre as preocupações dos mercados mundiais em torno da inflação como ponto relevante para o aumento da demanda por "ativos tangíveis" como ouro e bitcoin.

Ele disse também que o bitcoin oferece vantagens significativas em relação ao ouro como uma commodity, citando a facilidade de transferência e sua imunidade a influência de forças externas em sua emissão.

Apesar de otimistas, os irmãos também observaram a necessidade de avanços para que o mercado cripto possa se consolidar, citando o avanço geográfico desigual do mercado devido à falta de clareza regulatória em economias emergentes. Sobre isso, contaram que pretendem levar a exchange que criaram há alguns anos, e que é uma das mais importantes do mundo — a Gemini — para países em desenvolvimento, a fim de ajudar a levar serviços financeiros às milhões de pessoas desbancarizadas que vivem nessas regiões — função que é uma das características dos ativos digitais, por ser muito mais acessível em termos de custos.

Os gêmeos defendem que legisladores utilizem sandboxes regulatórios para facilitar o caminho das startups de blockchain e criptoativos, dizendo que regulamentações pesadas tendem a sufocar inovações relevantes: "A Apple começou em uma garagem no Vale do Silício, acho que o Facebook começou em um dormitório [...] é preciso ter cuidado para que a sobrecarga não seja tão grande a ponto das pessoas não conseguirem inovar neste espaço", disse Cameron.

Ele afirmou também que, apesar do incrível desempenho do bitcoin em 2020, o mercado de criptoativos "está apenas começando". Tyler, por sua vez, encorajou as pessoas a aprenderem sobre o bitcoin: "Preste atenção ao bitcoin e aos criptoativos, eduque-se, porque esta é a maior revolução financeira e tecnológica desde a criação da internet. Não é algo passageiro, isso veio para ficar — e isso vai transformar o dinheiro, a Internet e muito do universo à sua volta. E este movimento está apenas começando".

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasOuro

Mais de Criptoativos

Trump anuncia NFTs colecionáveis de si mesmo

Criptomoedas: o que muda com a regulamentação das moedas virtuais aprovada pelo Congresso