Criptoativos

Fluxo comprador leva bitcoin à US$ 40 mil, mas preço despenca 10% na sequência

Mercado mostra intensa volatilidade: após nova máxima, bitcoin despenca quase 10% e recupera parte das perdas em poucos minutos

 (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)

(SOPA Images / Colaborador/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 7 de janeiro de 2021 às 16h21.

Última atualização em 7 de janeiro de 2021 às 17h25.

O fluxo comprador de bitcoin continuou demonstrando força durante esta quinta-feira (7), levando o principal ativo digital do mundo a registrar um novo recorde de preço e ultrapassando os 40 mil dólares pela primeira vez. No entanto, um enorme volume de vendas nessa faixa de preço fez com que a cotação do criptoativo despencasse quase 10% em poucos minutos — e recuperasse boa parte disso pouco depois.

Segundo o site TradingView, o bitcoin atingiu exatos 40.380 dólares no mercado internacional às 15h16 (de Brasília), o maior preço já registrado na história do ativo. Imediatamente após a marca, o preço começou a recuar, chegando a atingir 36.600 às 15h49 — uma queda de 8,5% em apenas 33 minutos.

O grande volume de vendas na faixa dos 40 mil dólares pode ser reflexo da realização de lucros por parte dos investidores, já que o valor é o dobro 20 mil dólares registrados há menos de um mês e que representava uma máxima que já durava quase três anos.

No mercado brasileiro, o comportamento do ativo foi parecido, com uma nova máxima, de 220 mil reais, registrada às 15h20, seguido de uma queda até a faixa de 212 mil reais nos minutos seguintes. No momento da publicação, o ativo digital apresenta intensa volatilidade, variando entre 39 mil e 37 mil dólares.

Analistas já indicavam a possível formação de uma resistência nessa faixa de preço, que pode fazer com que o preço do bitcoin sofra uma correção no curto prazo. Além disso, uma quantidade recorde de posições "compradas" (apostando na alta do ativo) de contratos futuros de bitcoin também cria a possibilidade de uma movimentação intensa de preço, já que, se o ativo desvalorizar, muitas dessas posições serão liquidadas automaticamente pelo mecanismo chamado "stop loss" (ordem de compra ou venda pré-estabelecida para limitar ou impedir perdas), empurrando ainda mais o preço para baixo.

A favor do criptoativo — e do rompimento dessa possível resistência —, pesa o grande volume de dinheiro institucional alocado no mercado de criptoativos e a importante marca de 1 trilhão de dólares em capitalização de mercado total, registrada na última madrugada. Estes parecem ser, atualmente, os fatores preponderantes, já que o preço do ativo recuperou boa parte da queda e é negociado no momento a cerca de 38.200 dólares. Por outro lado, o mercado segue apresentando grande volatilidade, que podem provocar mudanças bruscas no mercado em pouquíssimo tempo.

No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da Exame, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. O especialista usa como exemplo o jogo Monopoly para mostrar quem são as empresas que estão atentas a essa tecnologia, além de ensinar como comprar criptoativos. Confira.

 

Acompanhe tudo sobre:Bitcoin

Mais de Criptoativos

Trump anuncia NFTs colecionáveis de si mesmo

Criptomoedas: o que muda com a regulamentação das moedas virtuais aprovada pelo Congresso

Estado de Nova York proíbe 'mineração' de criptomoedas; entenda

Mineradores de Bitcoin serão desligados da rede em caso de crise energética, diz União Europeia