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Família troca tudo por bitcoin, fica milionária e prevê moeda a US$200 mil

Depois de vender tudo o que tinha e ficar milionária com bitcoin, família segue otimista com o criptoativo e faz previsão de alta para o futuro

 (Bitcoin Family/Divulgação)

(Bitcoin Family/Divulgação)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 4 de dezembro de 2020 às 13h33.

Última atualização em 5 de dezembro de 2020 às 19h25.

Em janeiro 2017, uma família holandesa — Didi Taihuttu, sua esposa Romaine e suas três filhas, Joli, Juna e Jessa — tomou uma decisão que mudaria suas vidas: venderam tudo que tinham para comprar bitcoin. Na época, o ativo era negociado por volta de 900 dólares. Atualmente, vale cerca de 19 mil.

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Naquele ano, venderam literalmente tudo o que tinham: um pequeno negócio, uma casa de 250 metros quadrados, carro, moto, e até seus sapatos e os brinquedos das crianças. Aplicaram praticamente todo o valor obtido no maior ativo do mundo, que naquela época não era tão grande assim — se hoje o bitcoin tem um market cap de cerca de 350 bilhões de dólares, em 2017 eram "apenas" 14 bilhões investidos no ativo no mundo.

A ideia de Didi e sua família era viver uma vida mais simples e divertida, comprando e vendendo bitcoin: "Entramos no mundo do bitcoin porque queríamos mudar as nossas vidas", diz o pai, de 42 anos, em entrevista à CNBC. "As pessoas diziam que éramos loucos, mas somos uma família aventureira e decidimos fazer uma aposta para viver uma vida mais simples. Se você não se arriscar, a vida é um tédio", comentou, à época.

Quando o preço do bitcoin explodiu, em dezembro daquele mesmo ano, chegando ao maior preço da sua história até então — marca que só foi quebrada no início desta semana — a família se tornou multimilionária e ganhou as manchetes do mundo todo.

Quase quatro anos e mais de 40 países depois, Didi Taihuttu e sua família contam que ainda não têm contas bancárias ou casa própria. E continuam acreditando no bitcoin: "Acho que nesta bull run veremos um pico mínimo de 100 mil dólares. Não ficarei surpreso se atingir 200 mil em 2022", comentou Didi.

Questionado pela CNBC se estava preocupado sobre estarmos diante de uma nova "bolha" do bitcoin com a alta meteórica recente, Didi dobrou sua aposta: "Não vejo a demanda diminuindo", disse, antes de falar que a entrada de grandes empresas no mercado de criptoativos também deve impulsionar o preço do bitcoin.

"Acho que estamos caminhando para uma crise de abastecimento. Quando o PayPal começa a vender bitcoin para seus 350 milhões de usuários, ele também precisa comprar o bitcoin em algum lugar”, afirmou Didi Taihuttu. Haverá uma grande crise de abastecimento, porque não haverá bitcoins novos o suficiente para atender às necessidades de grandes empresas”, falou, em referência à escassez do bitcoin, que é um dos principais argumentos para justificar o potencial aumento de preço do ativo.

Os Taihuttu compraram algumas centenas de milhares de dólares em bitcoin no início de 2017, e, apesar dos riscos ligados ao ativo, mantêm seus investimentos até hoje. Aliás, quem pensa que eles pararam na primeira alta, se engana: a família, que afirma ter doado metade do patrimônio para caridade, adotou o apelido de "Bitcoin Family", criou um canal no YouTube, site oficial e perfis nas redes sociais, abriu negócios digitais ligados ao ativo e passou os últimos quatro anos viajando — e espalhando pelo mundo a sua ideia de que o bitcoin é o futuro do dinheiro.

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