(Bloomberg/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 26 de junho de 2021 às 11h10.
Apesar do apoio de nomes como do CEO da Tesla, Elon Musk, e do megainvestidor Mark Cuban, a criptomoeda dogecoin ainda é vista com desconfiança por diversos especialistas. Um deles é Katharine Wooler, que chamou o ativo digital de "pior criptomoeda que existe".
Wooler, que é diretora da plataforma britânica de investimentos em ativos digitais Dacxi, afirmou, em entrevista ao Express.uk, que a dogecoin se apoia apenas no endosso de celebridades e mutirões online, sem nenhum caso de uso concreto e um perigo para os investidores.
"É o pior do mercado cripto. Dogecoin deveria vir com um aviso de saúde, é o pior da indústria de criptoativos, baseado em um meme com nenhum caso de uso ou tese de investimento subjacente", afirmou a especialista.
Wooller também prevê que a dogecoin nunca chegará perto do valor do bitcoin, dizendo que as principais criptomoedas do mundo estão muito à frente das criptomoedas-meme: “Para aquelas criptomoedas que têm um papel importante na infraestrutura financeira, bitcoin, litecoin, ether estão anos-luz à frente em seus valores projetados, pois há um mercado endereçável de vários trilhões de dólares”.
Apesar das críticas, a dogecoin é uma das criptomoedas de melhor performance em 2021. Até agora, a criptomoeda baseada no meme "doge", que surgiu com a foto de um cachorro da raça shiba inu que também é o símbolo do projeto, acumula incríveis 4.100% de ganhos no ano - impulsionada, principalmente, por tweets de Elon Musk e campanhas de usuários do Reddit.
A criptomoeda, claro, não resistiu à recente queda de preços no mercado de criptoativos. Mesmo com ganhos expressivos desde o início do ano, a dogecoin é negociada no momento a 35% da sua máxima, cotada a US$ 0,23 - em maio, a dogecoin chegou ao seu recorde de preço, de US$ 0,73.