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'Desconto' em fundo da Grayscale pode levar preço do bitcoin a novo recorde

Com prêmio negativo, Grayscale pode provocar fluxo comprador que, em outras situações, levou preço do bitcoin para altas acentuadas e recordes

 (SOPA Images/Getty Images)

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GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 5 de março de 2021 às 11h53.

Última atualização em 5 de março de 2021 às 12h13.

O bitcoin pode começar um novo movimento de alta, capaz de levar o preço da criptomoeda até 100 mil dólares, caso um sinal clássico relacionado às compras institucionais repetir sua tendência histórica.

Em um tweet em 4 de março, Mike McGlone, estrategista-sênior de commodities da Bloomberg Intelligence, disse que aqueles que buscam pistas sobre o que está por vir para o bitcoin devem olhar para o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), o fundo de bitcoin da Grayscale, maior custodiante da criptomoeda no mundo.

Prêmio negativo 'pode ​​sinalizar marcha até US$ 100 mil'

Desde que o bitcoin caiu para 43 mil dólares no último dia de fevereiro, e continuou sendo negociado abaixo da sua máxima histórica desde então, o chamado “prêmio” do GBTC caiu para negativo.

Isso significa que as ações do GBTC estão sendo negociadas abaixo do chamado preço líquido do ativo (NAV, na sigla em inglês) — ou seja, os investidores institucionais que participam do fundo podem comprar bitcoin com desconto, abaixo do preço de mercado.

No passado, esses eventos foram raros e um indicador para o aumento subsequente dos preços.

Um prêmio negativo também foi observado em março de 2020, o início do ciclo de alta que levou o bitcoin de 3.600 para mais de 58 mil dólares. “Desconto no Bitcoin Trust da Grayscale pode significar que tenhamos US$ 100.000 em março”, escreveu McGlone.

“As disparidades de preços do bitcoin no final de fevereiro nas bolsas regulamentadas dos EUA pressagiam uma base de preços firmes, se a história servir de guia, e são evidências de quão nascente são as criptomoedas.”

Prêmio do GBTC vs. BTC/USD Fonte: Mike McGlone/ Twitter

Nesta sexta-feira, o prêmio do GBTC era de fato menor do que em qualquer ponto desde seu início, em 2017, em -13%.

Ao contrário do ano passado, no entanto, pode haver outros fatores influenciando seu desempenho. Entre eles está a concorrência — o GBTC agora tem que batalhar pela supremacia do mercado ao lado de fundos negociados em bolsa (ETFs), ainda mais com a perspectiva de novos produtos do tipo aparecerem no mercado, inclusive dos EUA, em um futuro próximo.

Com a concorrência, existe a expectativa de que a Grayscale reduza as taxas de administração como forma de tentar manter sua oferta de para investidores institucionais se mantenha atrativa.

Segundo Jim Bianco, fundador da empresa de análise macro Bianco Research, os períodos de desconto anteriores foram seguidos por aumentos de preços de duas a quatro vezes em magnitude.

Grayscale e concorrentes superam ouro

O entusiasmo sobre o potencial dos ganhos adicionais continua a permear o ecossistema bitcoin, com o próprio CEO da Grayscale, Michael Sonnenshein dizendo à McGlone que o escoamento do ouro, por si só, apresentam uma oportunidade “madura” para as criptomoedas.

“Não há dúvidas, na nossa cabeça, de que não pode ser coincidência que o quarto trimestre de 2020 tenha visto alguns dos maiores fluxos de saída já registrados de produtos de investimento em ouro em um momento em que o bitcoin realmente estourou e atingiu alguns de seus recordes de preço”, disse, durante a Cúpula de Investimentos da Bloomberg, em 25 de fevereiro.

“Certamente, essa narrativa sobre o bitcoin ser um ouro digital ou uma forma digital de armazenar valor, é uma narrativa bastante difundida agora na comunidade de investimentos, e pensando na popularidade dos produtos da Grayscale ou apenas na capacidade de ganhar exposição a ativos digitais na forma de um título, acho que realmente representa quanta demanda de mercado existe”, complementou.

Desta vez, Sonnenshein reiterou, o panorama pouco tinha em comum com 2017 e com o lançamento dos primeiros produtos bitcoin institucionais.

por Cointelegraph Brasil

No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da Exame, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. Confira.

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