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CVM aprova outro ETF de ethereum e criptomoedas invadem a bolsa de valores

Com anúncio de aprovação do novo produto da gestora Hashdex, B3 chega a cinco ETFs relacionados ao mercado de criptomoedas

O mercado brasileiro já soma ETFs de diferentes criptomoedas, como o bitcoin e o ethereum | Foto: Yuriko Nakao/GettyImages (Yuriko Nakao/Getty Images)

O mercado brasileiro já soma ETFs de diferentes criptomoedas, como o bitcoin e o ethereum | Foto: Yuriko Nakao/GettyImages (Yuriko Nakao/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 14 de julho de 2021 às 17h27.

Em um intervalo de menos de 24 horas, a bolsa de valores brasileira ganhou três novos ETFs ligados ao mercado de criptomoedas - agora, a B3 soma cinco ETFs ligados ao setor.

Um dia após o anúncio do lançamento do BITH11, que investirá em bitcoin e em projetos de sustentabilidade, a gestora Hashdex divulgou nesta quarta-feira, 14, que recebeu aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para o lançamento de um ETF que investe na criptomoeda da rede Ethereum.

O produto terá o ticker ETHE11 e investirá 100% do seu patrimônio em ether. Não é o primeiro do tipo a ser anunciado no país - também na terça-feira, 13, a QR Asset Management anunciou a aprovação, pela CVM, do QETH11, que será semelhante. No entanto, ainda não há data confirmada de lançamento para nenhum dos dois produtos - apenas a expectativa, de ambas a gestora, de que isso aconteça no início de agosto.

"Esse ETF de Ethereum é uma nova forma de dar exposição a esse ativo que gostamos muito, que é uma grande evolução tecnológica e que tem tudo para ser a base de onde a tecnologia do novo fintech, DeFi, smart contracts, vão ser construídos em cima, então oferecer acesso ao Ethereum é oferecer ao investidor a possibilidade de capitalizar em cima do crescimento dessa infraestrutura pra essa nova tecnologia que está crescendo, que é a blockchain", disse Roberta Antunes, Chief of Growth da Hashdex.

Para a especialista, os ETFs de criptoativos podem facilitar o acesso do investidor a este mercado, e os novos ETFs com exopsição de 100% à uma único criptomoeda atendem à uma demanda dos investidores: "Acreditamos muito na estratégia de que no início de uma tecnologia é muito difícil decidir o winner, então você estar comprado no mercado como um todo faz sentido. Mas o mercado demanda single assets, muitas pessoas ainda preferem investir diretamente em um ativo. Por isso lançamos o BITH11, primeiro ETF 'verde' de bitcoin, e o ETF de Ethereum entra nessa mesma categoria. Agora, ao invés de ter que comprar ether numa exchange, o investidor consegue ter 100% de exposição a ele na bolsa de valores, com todo o conforto, a segurança e a tranquilidade que o ambiente oferece, com todo o escrutínio, os processos e as auditorias necessárias para negociar uma ação pública", explicou Roberta.

Apesar de anunciar a aprovação pela CVM e de afirmar a expectativa do lançamento do ETHE11 em agosto, a empresa, questionada pela EXAME, afirmou ainda não poder divulgar detalhes sobre cobrança de taxas e responsabilidade de custódia dos ativos digitais.

Além dos cinco ETFs - HASH11, que investe em uma cesta de criptoativos, QBTC11 e BITH11, que investem em bitcoin, e dos recém-anunciados QETH11 e ETHE11 - o mercado brasileiro também conta com inúmeros fundos de investimento ligados ao setor, com carteiras, taxas e gestores variados; além das corretoras de criptoativos, para quem deseja fazer a custódia dos seus ativos digitais.

O Brasil é um dos países com mais produtos de investimento ligados aos criptoativos no mercado financeiro tradicional. No caso dos ETFs de Ethereum, por exemplo, o Canadá é, além do Brasil, o único que também tem esse tipo de produto negociado em sua bolsa de valores.

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