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BTG terá fundo de bitcoin que investe 100% do patrimônio na criptomoeda

Informações sobre o novo produto do setor de criptoativos do maior banco de investimento da América Latina já estão no site da CVM

 (imaginima/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 6 de maio de 2021 às 16h21.

Maior banco de investimentos da América Latina, o BTG Pactual está decidido consolidar sua posição de liderança no mercado de criptoativos no Brasil. Depois de lançar produtos inovadores como o ReitzBZ, token em blockchain que representa um fundo de imóveis, e o "BTG Pactual Bitcoin 20 FIM", primeiro fundo de investimento em bitcoin lançado por um banco nacional, a empresa tem um novo produto ligado ao setor: um fundo de investimento que aloca 100% do patrimônio na maior criptomoeda do mundo.

Chamado "BTG Pactual Bitcoin 100 FIM IE", o fundo ainda não foi lançado oficialmente pelo banco, mas as informações referentes a ele já estão no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Apesar de ainda estar em fase pré-operacional, o site mostra que fundo irá alocar 100% do seu patrimônio em bitcoin, no exterior - a custódia será feita pela corretora norte-americana Gemini, como acontece no outro fundo de bitcoin do banco.

Em cumprimento às regras da CVM, o "BTG Pactual Bitcoin 100 FIM IE" será voltado exclusivamente à investidores qualificados - aqueles certificados pela CVM ou com pelo menos 1 milhão de reais em aplicações financeiras -, já que a autarquia proíbe que investidores comuns façam aportes em fundos que investem mais de 20% do patrimônio em ativos no exterior.

Em contato com a EXAME, o BTG Pactual confirmou o lançamento do fundo, cujo início das negociações será em 17 de maio. O banco afirma que o novo produto não terá taxa de performance, apenas a taxa de administração de 1,25% ao ano. O investimento mínimo é de mil reais e a liquidez será D+4.

O banco também informou que, como forma de minimizar o impacto ambiental e as preocupações sobre o consumo energético do bitcoin, o "BTG Pactual Bitcoin 100 FIM IE" será "carbon free": o banco compra créditos de carbono para compensar o impacto da mineração das criptomoedas do fundo - o mesmo acontece com o fundo de bitcoin para investidores comuns, o "BTG Pactual Bitcoin 20 FIM".

"O objetivo principal do lançamento desse novo produto é democratizar o acesso ao bitcoin no Brasil. Nós acreditamos que ter uma exposição ao criptoativo em uma carteira de investimentos é muito interessante e, de certa forma, pode fazer muito sentido para nossos clientes. Com o lançamento do BTG Pactual Bitcoin 100 FIM IE, podemos dar continuidade à filosofia que foi criada com o lançamento do BTG Pactual Bitcon 20 FIM, oferecendo agora uma exposição total ao ativo", disse Eduardo Miquelotti, business manager do BTG Pactual Asset Management, à EXAME.

O lançamento de um novo fundo de investimentos em bitcoin pelo BTG Pactual é uma mostra de que não apenas o banco, mas o mercado financeiro de maneira geral, tem visto o setor de criptoativos com bons olhos. Atualmente, o número de produtos ligados às criptos no mercado tradicional já é considerável no Brasil, com fundos variados, um ETF que investe em diferentes criptoativos e a tokenização de ativos que vão desde um fundo de imóveis como o ReitBZ até direitos federativos de jogadores de futebol, como no caso do Vasco Token.

No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da Exame, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. Confira.

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