Bitcoin (IronHeart/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 16 de fevereiro de 2021 às 10h10.
O bitcoin ultrapassou a marca de 50 mil dólares pela primeira vez em sua história na manhã desta terça-feira, 16. O novo recorde vem uma semana depois de uma série de notícias positivas para o mercado de criptoativos, como a entrada da Tesla e anúncios relevantes de Mastercard, BNY Mellon e outras grandes empresas.
"Cada ATH (sigla em inglês para "all time high", ou máxima histórica, em português) é uma grande vitória para o mundo das criptomoedas. Isso mostra toda a mudança do mundo financeiro que ainda esta por vir. Ja esperávamos um aumento como consequência do halving de 2020 e as boas notícias dos grandes investidores e empresas tem acelerado bastante esse processo", comentou Ricardo Dantas, Co-CEO da exchange Foxbit.
A entrada de dinheiro institucional no mercado de criptoativos, citada por Dantas, é a principal razão pela alta do bitcoin, que começou no final de outubro de 2020, quando a criptomoeda estava cotada a 10 mil dólares. Na virada do ano, já era negociada a 30 mil.
"Sem dúvidas, 50 mil dólares é um marco significativo. Na história do bitcoin, ficará marcado como um marco da entradas dos institucionais posicionados no ativo, como Grayscale, MicroStrategy, Tesla e outros. Mas que se vê hoje é a ponta do iceberg de uma história que já tem 12 anos, cheia de altos e baixos. Durante anos, os evangelizadores e o varejo foram os responsáveis por trazer o bitcoin até o patamar atual. O ecossistema hoje é muito mais maduro, era algo natural de acontecer", opinou o CEO do Alter, Vinicius Frias.
No Brasil, o bitcoin também atingiu o seu maior preço de todos os tempos, chegando a ser negociado acima de 275 mil reais nas exchanges nacionais pela primeira vez na história.
Os executivos de Alter e Foxbit acreditam que a principal criptomoeda do mundo continuará sua tendência de alta em 2021. Para Frias, o próximo grande alvo é a marca de 100 mil dólares.
Já Dantas acredita que o bitcoin continuará o movimento "altista", mas prevê movimento semelhante também para outro ativo digital: "A tendência é subir ainda mais esse ano, mas acredito que o ether ainda não começou o movimento de subida que o bitcoin ja está".
Com grande volume de ordens de venda em aberto na faixa dos 50 mil dólares, o bitcoin enfrentará resistência para seguir sua trajetória de alta, dizem analistas. Logo após atingir a máxima de quase 50.500 dólares, o preço do ativo sofreu leve recuo até a faixa de 49.500.
Para o especialista em criptoativos que usa o pseudônimo "filbfilb", o bitcoin precisa se consolidar próximo a 52 mil dólares nos próximos dias para, então, buscar um alvo de curto prazo a 62 mil dólares.
No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da Exame, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. Confira.