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'Bitcoin é uma forma de investir na certeza', diz Paul Tudor Jones

Lendário investidor faz duras críticas ao Fed e defende alocação em criptomoedas como forma de se proteger contra a inflação: 'Quero ter 5% em bitcoin'

Paul Tudor Jones (Bloomberg/Getty Images)

Paul Tudor Jones (Bloomberg/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 14 de junho de 2021 às 12h57.

Última atualização em 16 de junho de 2021 às 08h59.

Paul Tudor Jones, lendário investidor de Wall Street, falou nesta segunda-feira, 14, que investir em bitcoin é uma excelente forma de proteção no longo prazo e também afirmou que tem a criptomoeda na sua carteira de investimentos: "É ótimo para diversificar".

Em entrevista ao canal de televisão norte-americano CNBC, Tudor Jones criticou o Fed, banco central dos EUA, devido à maior inflação dos últimos 13 anos registrada no país, e defendeu o bitcoin como forma de proteção, citando que a criptomoeda é mais confiável do que as pessoas que estão no controle das políticas do Fed, do Congresso e da Casa Branca: “Eu gosto de bitcoin. O bitcoin é matemática e a matemática existe há milhares de anos. Dois mais dois são quatro e sempre serão, pelos próximos dois mil anos. Então, eu gosto da ideia de investir em algo que seja confiável, consistente, honesto e 100% certo. O bitcoin me atraiu porque é uma forma de investir na certeza”.

Tudor Jones também falou sobre como o Fed provocou altas nos preços do ouro e das criptomoedas, e defendeu a exposição ao bitcoin: "Gosto do bitcoin como diversificador do portfólio. Todo mundo me pergunta 'o que eu devo fazer com meu bitcoin?'. A única coisa que eu sei com certeza é que eu quero ter 5% em ouro, 5% em bitcoin, 5% em dinheiro, 5% em commodities. Neste momento, não sei o que eu quero fazer com os outros 80% até que eu saiba o que o Fed pretende fazer", completou o investidor, que declarou se enxergar como "o investidor mais conservador do mundo".

Apesar de defender que investidores se exponham à principal criptomoeda do mundo, Tudor Jones, que já divulgou investimento bitcoin no passado - em 2020, falou que 2% do seu patrimônio estava alocado na criptomoeda -, demonstrou preocupação quanto às discussões sobre o sustentabilidade do ativo digital, dizendo que, se dependesse dele, "baniria a mineração de bitcoin por causa do seu impacto ambiental".

Os comentários de Paul Tudor Jones acontecem no dia em que o bitcoin voltou a superar os 40 mil dólares depois de mais de duas semanas. A ativação do Taproot, primeira atualização na rede em quatro anos, e os comentários de Elon Musk, indicando condições para que a Tesla volte a aceitar a criptomoeda como forma de pagamento, são apontadas como os motivos para a alta, que chega a 13% nas últimas 24 horas.

No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o seu funcionamento. Confira.

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