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Cripto no radar dos investidores institucionais: o novo pilar das carteiras de investimento

Pesquisa realizada pela OKX mostra que há um consenso global de que ativos digitais são fundamentais em portfólios de investimentos

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Publicado em 29 de setembro de 2024 às 10h00.

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Por Guilherme Sacamone*

Os investidores institucionais estão adotando uma postura menos conservadora do que no passado. Com a crescente maturidade do mercado de ativos digitais, muitos passaram a considerar o investimento em criptomoedas e em outras opções de investimento que envolvem blockchain, como os fundos tokenizados. E eles tem razão em fazer isso: a previsão é que o tamanho do mercado de ativos tokenizados alcance US$10 trilhões até o fim dessa década.

Essa mudança de comportamento é um dos insights de uma pesquisa realizada com investidores institucionais - aqueles que investem pelas finanças tradicionais, e não Web3 - publicada no relatório Economist Impact e apoiado pela OKX. Entre os entrevistados, 51% deles consideram alocações diretas em cripto, 33% em staking de ativos digitais, e 32% em derivativos de cripto. Além disso, 69% disseram que devem aumentar seus investimentos em ativos digitais e outros investimentos em blockchain nos próximos três anos.

Investidores que anteriormente evitavam ativos digitais agora buscam aproveitar as oportunidades desse mercado, ao mesmo tempo em que diversificam seus portfólios. Atualmente, bitcoin e outros criptoativos representam entre 1% e 5% do montante desses grandes fundos, mas a pesquisa indica que esse número deve aumentar. O cálculo é que, até 2027, esse espaço cresça para 7,2%.

ETFs: bitcoin e outras criptomoedas

Dentro do mercado cripto, o bitcoin se destaca como o ativo mais proeminente.. Podemos considerar um marco significativo nesse sentido a aprovação de 10 ETFs (sigla para Exchange Traded Funds, ou “fundos de índice”) de bitcoin pela SEC, o equivalente nos Estados Unidos à Comissão de Valores Mobiliários no Brasil, em janeiro passado.

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A decisão da SEC representou uma grande vitória para o setor cripto em âmbito global. A aprovação dos ETFs de bitcoin proporcionou um impulso nas entradas totais na criptomoeda, com o investimento cumulativo por instituições atingindo mais de US$40 bilhões já em março de 2024.

Mas é importante lembrar que nem só de bitcoins vive o mercado cripto. Cada dia mais os investidores têm manifestado abertura para outros ativos digitais. Depois dos ETFs de bitcoin, tivemos ainda a aprovação pela mesma SEC dos ETFs de Ethereum, em maio. A discussão do momento está em torno dos ETFs de Solana cuja decisão deve ficar para 2025 nos Estados Unidos.

Brasil é referência

E o Brasil? O país é uma referência na América Latina e representa um case global de adoção de cripto. Além disso, recentemente adotou uma legislação dedicada especialmente a esse setor, que vem ainda contribuindo com propostas que visam criar uma regulamentação que tanto permita um ambiente propício para inovação quanto assegure direitos e deveres para investidores e empresas.

E também já conta com um ETF de Solana aprovado pelas autoridades monetárias, colocando-se à frente dos Estados Unidos e outras grandes economias globais. Por esses fatores, podemos entender que o Brasil está numa posição privilegiada quanto ao setor cripto, combinando um mercado dinâmico e propenso à inovação a uma legislação que visa dar suporte a esse cenário.

A tecnologia blockchain cada vez mais madura e a infraestrutura de segurança digital, os esforços contínuos para alcançar clareza regulatória global, as grandes reservas de liquidez e inovações digitais, como ativos do mundo real tokenizados, impulsionam a adoção, o interesse e o investimento.

Por fim, considerando tanto a experiência internacional quanto a brasileira, podemos constatar que a crescente aceitação dos ativos digitais por investidores institucionais sinaliza um ponto de inflexão no mercado financeiro global. Com o amadurecimento do ecossistema cripto e o avanço das regulamentações, esses ativos estão se tornando cada vez mais essenciais para diversificação e proteção contra riscos.

O mercado está, portanto, caminhando para uma integração mais profunda entre finanças tradicionais e digitais, apontando para um futuro onde ativos tokenizados e criptomoedas serão fundamentais nas estratégias de investimento institucionais.

*Guilherme Sacamone é country manager no Brasil da OKX, empresa global de Web3 e exchange cripto. Com mais de uma década de experiência em áreas de growth e desenvolvimento de negócios no Brasil e na América do Norte, passou anteriormente por Meta e Crypto.com.

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