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Criação de reserva de bitcoin pela Meta é rejeitada por 99% dos acionistas

Proposta para que o gigante de tecnologia investisse na criptomoeda fracassou, mostrando limites de estratégia no mundo corporativo

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 2 de junho de 2025 às 17h47.

Última atualização em 2 de junho de 2025 às 19h26.

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Os acionistas da Meta rejeitaram em ampla maioria uma proposta que criaria uma reserva de bitcoin para o gigante de tecnologia. Informações divulgadas junto à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) indicam que apenas 0,08% dos acionistas apoiaram a ideia.

A proposta havia sido apresentada em janeiro deste ano pelo investidor Ethan Peck. Como ele é acionista da empresa, Peck conseguiu que a ideia fosse avaliada pelo restante do corpo acionário. Entretanto, ele encontrou pouco apoio no grupo, apesar de seus argumentos.

Peck pontuou que a Meta conta com US$ 72 bilhões em caixa e que seria possível investir uma pequena parte desse valor em bitcoin como forma de proteção do patrimônio da companhia. Ele afirmou que a estratégia atual da Meta não seria suficiente para evitar uma desvalorização de ativos.

"Como o dinheiro está sendo constantemente desvalorizado e os rendimentos de títulos são inferiores à taxa real de inflação, 28% dos ativos totais da Meta estão diminuindo consistentemente o valor dos acionistas", destacou o investidor. Ele via a criptomoeda como uma alternativa de investimento mais promissora.

De acordo com os documentos enviados à SEC, a proposta de criação da reserva de bitcoin recebeu 3,92 milhões de votos favoráveis e quase 5 bilhões de votos desfavoráveis. Os votos levam em conta as ações, e por isso um investidor tem direito a mais que um voto.

A forte rejeição à proposta mostra que a adoção da criptomoeda como um ativo de reserva corporativa ainda encontra limites no mercado financeiro. Recentemente, mais empresas decidiram aderir à estratégia, liderada pela empresa Strategy, maior detentora institucional do ativo.

Além da Strategy, a Tesla e o Mercado Livre estão entre as companhias com reservas da criptomoeda. No Brasil, a Méliuz se tornou recentemente a primeira empresa brasileira com ações negociadas na Bolsa de Valores a adotar a moeda digital como um ativo de reserva.

Em dezembro de 2024, os acionistas da Microsoft também rejeitaram uma proposta semelhante de criação de reserva de bitcoin. O próprio conselho da companhia recomendou a rejeição da proposta, afirmando que o bitcoin ainda era muito volátil para ser usado como ativo de reserva.

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