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(Circle/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 5 de junho de 2025 às 12h40.
Última atualização em 5 de junho de 2025 às 15h14.
Nesta quinta-feira, 5, a Circle, empresa por trás da segunda maior stablecoin do mundo, estreou na bolsa de Nova York, a NYSE. Através do ticker CRCL, a Circle integrou o pequeno grupo de empresas do universo cripto listadas em bolsa nos Estados Unidos. Disputada por outras empresas do setor, como a Ripple, a Circle optou pela oferta pública de ações (IPO), que chamou a atenção de outros nomes significativos, como Strategy, Ark Invest e BlackRock.
No IPO, a Circle vendeu 34 milhões de ações a US$ 31 cada, totalizando uma arrecadação de US$ 1,05 bilhão. O valor é quase o dobro dos US$ 600 milhões esperados pela empresa. Anteriormente, a Circle planejava vender 24 milhões de ações com preços entre US$ 24 e US$ 26. 14,8 milhões de ações vieram da Circle, enquanto 19,2 milhões foram comercializadas por acionistas da empresa. De acordo com a Bloomberg, a operação ampliada teve uma demanda mais de 25 vezes superior ao número de ações disponíveis.
A estreia na NYSE deu a Circle um valor de mercado de US$ 6,9 bilhões, com base nas ações em circulação listadas nos registros regulatórios. Segundo a Bloomberg, considerando opções de ações para funcionários, unidades de ações restritas (RSUs) e warrants, a valorização total diluída da empresa seria de cerca de US$ 8,1 bilhões. O valor também é acima do esperado pela empresa, que tinha expectativas de até US$ 5 bilhões.
"Nossa transformação em empresa de capital aberto é um marco significativo e poderoso – o mundo está pronto para começar a se atualizar e migrar para o sistema financeiro online. Desde o início, temos nos concentrado profundamente em ser confiáveis, transparentes, cumpridores da lei, éticos e bem governados. Manter-nos fiéis aos altos padrões das normas e regulamentos da NYSE e da SEC aprofunda ainda mais essas características", publicou Jeremy Allaire, CEO da Circle, em sua conta oficial no X.
The NYSE welcomes @circle in celebration of its IPO! For over a decade, Circle has connected traditional finance and digital assets, seeking to create a secure, always-on digital economy. $CRCL@jerallaire pic.twitter.com/YnHL34puz7
— NYSE 🏛 (@NYSE) June 5, 2025
"A NYSE dá as boas-vindas à Circle em comemoração ao seu IPO! Há mais de uma década, a Circle conecta finanças tradicionais e ativos digitais, buscando criar uma economia digital segura e sempre ativa", publicou a NYSE em sua conta oficial no X.
"A abertura de capital da Circle é um marco importante, não apenas para as stablecoins, mas também por demonstrar que empresas cripto podem operar com transparência e conformidade nos mercados dos EUA. Isso mostra que os mercados públicos estão abertos para negócios de ativos digitais, mas também testa se eles estão realmente prontos para atender às expectativas de investidores e reguladores. Estar pronto para um IPO deixou de ser algo teórico para empresas nativas do setor cripto — agora é uma questão estratégica. A Circle está ajudando a definir o que significa estar pronto", disse Roshan Roberts, CEO da OKX nos EUA.
A Circle é a empresa por trás da USDC, segunda maior stablecoin do mundo com valor de mercado em US$ 61,5 bilhões. Apenas em 2025, a capitalização da USDC subiu cerca de 40%, saindo de US$ 43,7 bilhões para os atuais US$ 61,5 bilhões, segundo dados do CoinMarketCap.
Ainda segundo o documento de oferta, com base em dados do CoinMarketCap, a USDC detinha cerca de 29% do mercado de stablecoins até o fim de março deste ano. Já o site da empresa mostra que, até 29 de maio, havia cerca de US$ 61 bilhões em USDC em circulação.
O IPO da Circle atraiu os olhares – e os bolsos – de grandes nomes do setor cripto e das finanças tradicionais, como Strategy, Ark Invest e BlackRock. A última, maior gestora de ativos do mundo, administra um fundo do mercado monetário governamental em nome da Circle, que mantém 90% das reservas que lastreiam o USDC, de acordo com a Bloomberg. Segundo o site da empresa, o Circle Reserve Fund tinha um saldo de US$ 53,3 bilhões em 29 de maio.
Lastreada em dólar, a USDC perde apenas para a USDT, da Tether. No entanto, Paolo Ardoino, CEO da Tether, já afirmou que a empresa, sediada em El Salvador, não pretende realizar uma oferta pública de ações.
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