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Editor do Future of Money
Publicado em 27 de agosto de 2025 às 10h50.
Atualmente entre as 10 maiores corretoras de criptomoedas do mundo, a MEXC agora está em território brasileiro. Em entrevista exclusiva à EXAME, André Sprone, growth manager da MEXC para a América Latina, destacou que a exchange quer crescer no país e importar sua estratégia de fomentar projetos e desenvolvedores locais no ecossistema cripto.
Sprone ressalta que a chegada ao Brasil em 2025 faz parte de uma expansão maior, em toda a América Latina. De origem asiática, a MEXC cresceu de forma acelerada nos últimos anos e iniciou um processo de ampliação de mercados, pousando agora no Brasil e nos outros países da região.
"A América Latina e o Brasil foram escolhidos por causa disso. É um mercado muito aberto a inovações. O Brasil tem muitos projetos de criptomoedas nascendo e queremos apoiar esse pessoal, com iniciativas educacionais, produtos e uma plataforma de lançamento para novos tokens", diz.
O mercado de criptomoedas brasileiro já conta com grandes corretoras nacionais e internacionais. Entre as estrangeiras, estão nomes como Binance, Coinbase, OKX, Bitget, Bybit e Crypto.com. A MEXC chega, portanto, para competir em um cenário de concorrência intensa.
Como diferenciais, Sprone diz que a exchange conta com "taxas muito baixas, inclusive taxa 0 em alguns pares de forma promocional, rotacionando. Temos uma variedade de tokens na plataforma, 4 mil, uma das maiores entre as grandes corretoras. E contamos com diversos produtos, de tokenização, pagamentos, que queremos trazer para cá".
Entretanto, um aspecto chave da estratégia da MEXC será "a filosofia de engajar o desenvolvedor onde ele está". "Nós fomentamos desenvolvedores em diversas frentes. Tem a educacional, a de acompanhamento de projetos, o fluxo de listagem. Quando cria um projeto, não basta ir até uma corretora, pagar a taxa e listar".
"Muitas exchanges não olham para liquidez, e aí o projeto não atinge o valor real por falta de liquidez. Sempre fomentamos provedores de liquidez. A promoção dos projetos passa por iniciativas de lançamento, com curadoria dos projetos independente de terem provado o valor ou não. O importante é ter um potencial de mercado, e aí damos a oportunidade para brilharem", afirma.
Sprone aproxima a atuação da corretora à de uma incubadora, com foco global. Promete, ainda, que a MEXC vai "acolher os projetos brasileiros, sem limitação geográfica".
Sobre a chegada ao Brasil, ele avalia que o movimento é "natural", e não o atribui a algum acontecimento específico. "As corretoras costumam começar na Ásia, expandem por lá, aí o mercado fica saturado por lá e vão se expandindo. A América Latina e o Brasil são mercados muito relevantes, e temos visto que a adoção aqui está dando certo".
"O Brasil não é mais um mercado potencial, as coisas se concretizam aqui. Essa confirmação faz com que as exchanges coloquem mais dinheiro no mercado local, façam mais contratações, porque precisa ter gente local", comenta.
Sobre o momento do mercado brasileiro, o executivo ressalta que o país é um forte consumidor das chamadas altcoins, criptomoedas alternativas ao bitcoin. Exatamente por isso, ele espera que a diversidade de tokens da MEXC consiga atrair esses investidores.
No caso das stablecoins, criptomoedas pareadas a outros ativos, Sprone acredita que os brasileiros usam esses ativos "mais para acessar o mundo cripto, e em outros países são usadas no cotidiano das pessoas".
"Os projetos de cripto hoje no Brasil não tem necessariamente uma particularidade, mas o mercado brasileiro parece que tem ciclos de criatividade, de nichos. Teve uma época de criação de blockchains, de projetos de tokenização brasileiros, e hoje em dia está bem diverso. É um mercado que me surpreendeu nos últimos 4 anos", avalia.
Por isso, o executivo diz que quer "apresentar para o pessoal de fora o que é o mercado brasileiro". Inicialmente, ele ressalta que o foco estará em "expandir a base de usuários de cripto no Brasil e competir pela base que já existe. É mais fácil converter de outras exchanges, aproveitar nossos atrativos, mas o potencial do mercado ainda é gigantesco".
Já sobre o momento geral do mercado de criptomoedas, ele acredita que a adoção institucional ainda tem muito para avançar entre as altcoins, enquanto o bitcoin apresenta um "apetite institucional e de governos" mais intenso, ajudando a impulsionar o preço do ativo.
"As altcoins ainda precisam de um fluxo de varejo para que tenham uma disparada típica de altseason, e acho que ainda não chegamos lá, nesse nível de animação do segundo semestre. Mas estou confiante de que vamos chegar", diz.
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