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Correlação entre bitcoin e ouro atinge em setembro o maior nível no ano, aponta levantamento

Tanto o minério quanto a criptomoeda acumulam desvalorização em 2022, mas correlação do ouro com o bitcoin nunca esteve tão próxima

Empresa afirma que, ao longo de 2021, o bitcoin teve pouca correlação com o ouro (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

Empresa afirma que, ao longo de 2021, o bitcoin teve pouca correlação com o ouro (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2022 às 12h27.

A correlação nas variações de preços do ouro e do bitcoin atingiu a maior proximidade do ano no último mês de setembro, considerando os 12 meses anteriores, segundo dados divulgados na segunda-feira, 3, pela plataforma de análise de criptoativos Kaiko.

Na última semana de setembro, a correlação chegou a ultrapassar os 0,3 pontos. O dado varia entre -1 e 1 e, quanto mais próximo de 1, indica maior proximidade nos comportamentos entre a criptomoeda e o minério.

(Mynt)

Segundo a Kaiko, o ouro chegou a ser fortemente beneficiado pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia no primeiro trimestre de 2022. A guerra gerou uma grande aversão a riscos, com busca por ativos de segurança, caso do minério.

Entretanto, o minério "perdeu todos os seus ganhos e atualmente cai 10% no acumulado do ano". O bitcoin também acumula perdas em 2022, chegando a 20% de desvalorização, um movimento que a empresa atribui aos efeitos das altas nas taxas de juros em grandes economias.

"Apesar da inflação permanecer persistentemente alta, o ouro não atuou como um ativo de refúgio, ou seja, um ativo que se espera que retenha ou ganhe valor durante os períodos de desaceleração econômica", avalia o levantamento.

A Kaiko observa ainda que, ao longo de 2021, o bitcoin teve pouca correlação com o ouro, com o valor oscilando entre 0,2 ponto e -0,2.

Agora, diz a casa de análise, "à medida que o dólar americano continua se fortalecendo, impactando negativamente tanto a criptomoeda quanto o ouro, a correlação entre os dois ativos mudou".

A valorização do dólar está ligada ao ciclo de alta de juros nos Estados Unidos, iniciado em março deste ano. Desde então, a taxa já subiu do intervalo de 0% a 0,25% para 3% a 3,25% ao ano. A elevação atrai investimentos para a moeda, inclusive de ativos que são considerados de proteção, devido ao baixo risco associado ao dólar.

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