CryptoPunk #5822 é vendido por 8.000 ETH e se torna o item mais caro da história da coleção (divulgação/Divulgação)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 14 de fevereiro de 2022 às 14h56.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2022 às 16h39.
As coleções de NFT mais famosas do mundo continuam movimentando cifras absurdas. Depois de Neymar comprar dois tokens da série Bored Ape Yacht Club por mais de R$ 6 milhões e de Justin Bieber seguir pelo mesmo caminho, o último final de semana teve uma venda recorde: um CryptoPunk vendido por R$ 123 milhões.
Os CryptoPunks são possivelmente os NFTs mais valiosos do mundo. Apesar de terem sido superados pelos Bored Apes em preço mínimo, ainda são os "punks" os tokens mais caros individualmente — não por acaso, a maioria dos NFTs mais caros de 2021 foi desta coleção.
Trata-se de uma série de desenhos de bonequinhos com inspiração na temática punk, com aparência de videogames antigos, tamanho de 24 x 24 pixels e combinação aleatória de cores e acessórios, gerada por um algoritmo de randomização. São 10 mil "punks" em circulação, e a série se tornou muito valiosa por ser apontada como a pioneira desse modelo — o mesmo que foi seguido por várias outras, inclusive a Bored Ape Yach Club (BAYC).Vendido pelo preço recorde de 8 mil ETH, equivalente a US$ 23,7 milhões no momento da negociação, o "punk" #5822 é um dos únicos nove aliens entre os 10 mil NFTs da coleção. Quando a coleção foi lançada, em 2017, o preço de cada token era de apenas 0,008 ETH, equivalente, na época, a US$ 17.
O NFT mais caro de todos os tempos, entretanto, já tinha sido revendido anteriormente. Em julho de 2017, o seu primeiro dono o vendeu por 8 ETH, que na época era equivalente a US$ 1.646, 100 vezes o seu custo inicial. O comprador, entretanto, manteve o token desde então e, agora, garantiu um lucro de milhões de dólares, tranformando menos de US$ 2 mil em US$ 23,7 milhões. Os dados são da Larva Labs, que criou a coleção.
Apesar de ser o CryptoPunk mais caro de todos os tempos, superando o "punk" #7523, vendido no ano passado por quase US$ 12 milhões em leilão realizado na Sotheby's, o token recordista é apenas o oitavo mais raro da coleção, o que indica que o recorde poderá ser quebrado novamente em breve — isso, claro, se os donos dos sete NFTs mais raros do que esse decidirem se desfazer de seus "punks".
A negociação de NFTs a preços tão elevados têm se tornado cada vez mais comum conforme o mercado cresce e o interesse por esse tipo de criptoativo também aumenta. No entanto, se engana quem pensa que esses NFTs são apenas imagens digitais sem nenhum outro valor. Esses NFTs, na verdade, funcionam como uma espécie de passaporte, de símbolo de status no mundo digital — em painel na edição recente do evento Future of Money, especialistas discutiram o assunto e explicaram o porquê.
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