(Petmal/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 3 de agosto de 2024 às 11h12.
O blockchain tem se destacado não apenas no mercado de criptomoedas, mas também como uma ferramenta revolucionária para impulsionar práticas empresariais mais transparentes, responsáveis e sustentáveis. Um dos setores promissores para sua aplicação é o mercado de carbono.
Segundo o relatório “ESG Sob Tensão”, da Thomson Reuters Institute, à medida que mais corporações buscam compensar as emissões de carbono, há uma aceleração no uso de créditos voltados para a causa, criando um mercado que projeta $50 bilhões de crescimento até 2030 e, possivelmente, de até 100 vezes mais em 2050.
Como resposta a essa preocupação ambiental por empresas e pela sociedade, crescem as iniciativas corporativas para compensar o impacto ambiental de suas operações, contribuindo para a construção de uma economia mais sustentável.
É um setor promissor para inovação, mas ainda pouco explorado. Recentemente, tenho acompanhado uma iniciativa interessante no mercado: a KlimaDAO, fundada em 2021 e que usa a tecnologia blockchain. Seu objetivo é reduzir globalmente as emissões de carbono por meio da geração de créditos de carbono emitidos como tokens KLIMA, onde cada token representa uma tonelada de emissão de carbono.
A empresa incentiva financeiramente a redução de emissões, premiando organizações e indivíduos por suas iniciativas de mitigação. Isso não apenas torna a sustentabilidade mais economicamente atraente, mas contribui para a criação de um mercado global de carbono eficiente.
Por isso, a tokenização por meio de créditos de carbono está ganhando os holofotes, firmando-se como forma inovadora e acessível para empresas participarem ativamente na luta contra as mudanças climáticas, sem deixar o crescimento do negócio de lado.
Dessa forma, o blockchain é fundamental nesse processo, ao oferecer soluções robustas para os desafios enfrentados pelo mercado de carbono, incluindo transparência e segurança nas transações.
A transparência e a imutabilidade dos registros garantem que as transações sejam confiáveis e auditáveis, reduzindo o risco de fraudes e erros. Isso significa que as transações e atividades da empresa podem ser registradas de forma confiável e verificável, diminuindo a necessidade de intermediários e garantindo que as informações sejam precisas e seguras.
Já a imutabilidade assegura que uma vez registrados, os dados não podem ser alterados, protegidos pela criptografia e pelo consenso distribuído da rede blockchain. Além disso, a automatização dos processos por meio de contratos inteligentes simplifica a conformidade regulatória e reduz os custos operacionais para todas as partes envolvidas.
O Brasil, com sua vasta biodiversidade e desafios ambientais únicos, está idealmente posicionado para liderar a tokenização de ativos reais relacionados ao meio ambiente.
Esta é uma janela de oportunidade para financiar diretamente projetos de conservação e reflorestamento, e também atrair investidores globais interessados em contribuir para a preservação ambiental e o cumprimento de metas climáticas internacionais.
É importante ressaltar que, a cada dia, novas empresas, projetos, regulamentações e soluções inovadoras surgem com oportunidades significativas para o mercado de crédito de carbono, com o objetivo de impulsionar a transição global para uma economia mais verde e sustentável.
É hora de agir de forma decisiva e coletiva para construir um futuro onde a harmonia entre o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental seja a norma, não a exceção.
*Diego Guareschi é CMO da Hathor.
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