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Como a tokenização pode aliviar o custo de captação das pequenas e médias empresas?

Operação pode ser uma alternativa para conseguir dinheiro mais barato especialmente com a alta da taxa básica de juros

illustration Geometric abstract background with connected line and dots,Futuristic digital background for Science and technology (Getty Images/Reprodução)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 18 de janeiro de 2025 às 11h00.

Última atualização em 20 de janeiro de 2025 às 16h42.

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Por Arthur Coelho*

As projeções para a taxa básica de juros brasileira, a Selic, vão de mal a pior. Além da mais recente decisão do Banco Central, que elevou a taxa para 12,25% ao ano, o último Boletim Focus indica que os juros devem chegar aos 14% em 2025. O aumento afeta a todos, especialmente quem precisa captar recursos junto aos bancos, como é o caso de pequenas e médias empresas.

Uma alternativa que as empresas têm recorrido para levantar capital mais barato é a tokenização. Funciona assim: um ativo ou um bem do mundo real é transformado em vários pedaços - o que chamamos de representações digitais (tokens) - e distribuído aos investidores.

Exemplo: Anunciamos recentemente a tokenização de uma usina de energia renovável da empresa Use Energia, localizada no Ceará. No total, 29.986 tokens foram disponibilizados ao mercado. A expectativa é captar R$ 600 mil com a operação e os recursos serão usados na construção de uma nova usina.

O token tem valor inicial de R$ 1.000. Significa que qualquer investidor com essa quantia pode investir no ativo. Em troca, a empresa paga uma espécie de dividendo mensal de 2% ao mês (por 40 meses). O dinheiro vem da venda de geração de energia gerada por uma usina já operante.

Agora, se a empresa optasse por uma linha de crédito bancária, por exemplo, por quanto saíram os juros? 4% ao mês pelo menos.

Claro, a tokenização é mais temerosa. O dinheiro não cai instantaneamente na conta corrente como ocorre num empréstimo convencional, o projeto precisa “conquistar” os investidores para que seja possível alcançar a captação esperada.

Vale lembrar que a combinação perfeita do lado do investidor é acessibilidade, segurança e rentabilidade. Nem sempre, claro, as operações de tokenização têm baixo risco e retorno garantido, tudo vai depender do projeto e das garantias envolvidas.

No caso da Use Energia, o investimento tem como lastro um imóvel como garantia real. Na prática, se algo der errado, há como executar a garantia para que o investidor seja ressarcido.

Além disso, o mercado de energia renovável tem crescido significativamente nos últimos anos, o que indica que a empresa terá recursos para arcar com a remuneração prometida.

Acreditamos na evolução e no amadurecimento desse mercado nos próximos anos, esperamos que a tokenização seja um instrumento cada vez mais usado por empresas que precisam de crédito para crescer, mas esbarram no elevado custo de captação.

*Arthur Coelho é sócio fundador da Tokeniza, plataforma autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários a tornar ativos reais em tokens.

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