(Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 20 de junho de 2024 às 11h00.
Última atualização em 20 de junho de 2024 às 11h46.
A recente aprovação dos primeiros fundos negociados em bolsa (ETFs) de ether à vista pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) pegou a todos de surpresa. A falta de aprovação em um formulário chamado de S-1, no entanto, fez com que o produto ainda não esteja disponível para negociação. Com previsão para o início de julho, quando isso acontecer, o ether ainda pode disparar?
No momento, o ether é cotado a US$ 3.533, com queda de 0,2% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Nos últimos trinta dias, no entanto, a segunda maior criptomoeda do mundo acumula alta de 14%.
“O ether vem com uma performance parecida com o bitcoin nos últimos dias. Quando tivemos a aprovação dos ETFs deu um boom mais forte e o mercado deu uma animada. Mas agora, ainda há a expectativa de que vamos ter esse produto disponível para negociação no começo de julho e em contrapartida temos uma pressão vendedora muito forte que pode vir de possíveis saídas do ETHE, da Grayscale”, disse Lucas Josa, especialista de criptoativos do BTG Pactual durante o programa Morning Call Crypto, disponível na íntegra no Youtube.
De acordo com especialistas da Bloomberg, os ETFs de ether devem estar disponíveis para negociação em 2 de julho. Investidores e especialistas se dividem entre expectativas otimistas e pessimistas, já que muitos preveem a pressão vendedora por parte dos investidores do ETHE da Grayscale, que deve ser convertido em ETF e possui taxas pouco competitivas.
“O cenário de curto prazo tem uma expectativa de que quando esses ETFs estejam disponíveis para negociação tenha um aumento no preço muito grande para o ether, porque ainda é um ponto de interrogação, não é algo garantido como era com os ETFs de bitcoin. Ainda existe um certo receio do mercado. O bitcoin andou muito bem pré-aprovação de ETF, o ether ainda não fez esse movimento porque foi uma surpresa”, disse Gabriel Bearlz, head da Mercurius Asset e convidado da edição do Morning Call Crypto desta quinta-feira, 20.
“Eu acredito que no médio prazo é um cenário bem incerto de demanda de capital nesses produtos, principalmente no lado institucional. O bitcoin é muito óbvio, é a criptomoeda mais conhecida, tem pouco risco sistêmico porque ela possui o maior tempo de vida e pouquíssimas atualizações, é fácil de vender como o ‘ouro digital’ para o institucional”, acrescentou.
“Já o ether é descorrelacionado de tudo e a gente não sabe para onde vai a economia norte-americana. O que é um ether? É uma plataforma de tokenização? É uma Apple? É um sistema operacional? É um blockchain de contratos inteligentes? Como que você explica o ether para o institucional? Então a gente pode ter um cenário de demanda institucional menor do que vimos com o bitcoin. Temos que lembrar que o ether tem um terço do valor de mercado do bitcoin, então se a gente não tiver um terço da demanda que o ETF de bitcoin teve, o ether tende a ter uma performance pior que a do bitcoin”, disse.
“Eu consigo ver o ETF como um catalisador, mas acredito que foi um catalisador de curto prazo, fez o bitcoin ultrapassar a máxima histórica no curto prazo. Já para o ether eu não vejo isso acontecendo. Acho muito difícil o ether ultrapassar US$ 4 mil apenas com a aprovação do ETF. Acho que a gente precisa de um ambiente e um ecossistema em torno disso, se não, não vamos ter fluxos de entrada suficientes para combater a pressão vendedora do ETHE da Grayscale”, concluiu o especialista.
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